Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a aptidão física dos praticantes do Le Parkour na cidade de Curitiba-PR. Participaram do estudo 13 sujeitos (19,46 ± 2,82 anos) do sexo masculino, praticantes da atividade há mais de seis meses. Foram realizadas medidas antropométricas e testes de aptidão física (teste de corrida vai-e-vem de 20 metros, de abdominal em um minuto, flexão e extensão dos braços, impulsão vertical e horizontal, sentar-e-alcançar e teste de Wingate). Os resultados foram analisados através de estatística descritiva (média e desvio padrão), sendo classificados com base em tabelas de referência para cada teste. Após avaliar o VO2máx, 53,85% dos praticantes estavam com valores considerados "baixa aptidão" e 46,15% apresentaram uma aptidão cardiorrespiratória adequada. Na força/resistência abdominal, 46,15% dos sujeitos foram classificados como "baixa aptidão" e 53,85% como "faixa recomendável". A potência de pico e a potência média foram consideradas como "regular" em todos os indivíduos. O índice de fadiga foi igual ou superior em 54% dos sujeitos. A flexibilidade foi avaliada como "baixa aptidão" em 69,23% da amostra. Na avaliação da força/resistência de membros superiores, observou-se que 84,62% estavam na "faixa recomendável". A partir dos resultados encontrados neste estudo, sugere-se que o Le Parkour, por ser uma atividade acíclica com ênfase em saltos e atividades de força nos braços, ocasionou melhores valores nos testes de impulsão horizontal, vertical e força de membros superiores. Entretanto, as demais variáveis avaliadas estavam abaixo da média, o que deve ser considerado na prescrição de exercícios e no acompanhamento dos indivíduos durante a prática da atividade. Sugerem-se novos estudos com amostras maiores e controle de treinamento dos praticantes de Le Parkour.

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