Resumo

A predominância do sedentarismo, principalmente em nações desenvolvidas e em desenvolvimento, tem preocupado as entidades internacionais ligadas à saúde pública. O desenvolvimento do conceito de atividade física como um hábito na vida das pessoas, tem sido bem pesquisado, mas, somado a esse fato, o crescimento da população idosa também é um fator marcante em todo o mundo. Essa mudança de perfil populacional tem estimulado transformações principalmente políticas e sociais. É sabido que os níveis de atividade física decrescem à medida que a idade cronológica avança. Embora se divulguem amplamente os benefícios oriundos da atividade física regular para todas as pessoas de todas as idades e, especialmente, os idosos, os indivíduos com mais de 50 anos representam a parcela da população mais sedentária. Por isso, a atividade física tem sido apontada como uma das estratégias a serem utilizadas para a melhora da qualidade de vida das pessoas. Porém, ainda faltam dados substanciais necessários para esclarecer como e em que medida o exercício físico pode auxiliar este processo. A avaliação física funcional teve um avanço significativo nas últimas décadas. Esse progresso tem colaborado com as ciências do movimento na análise dos benefícios da atividade física, bem como na elaboração de melhores formas de exercitar os seres humanos. Durante muitos anos, os estudos abordando a avaliação física foram focados, principalmente, no desporto de rendimento, nas crianças e nos adolescentes. Anos após somente é que as pesquisas foram direcionadas à população adulta saudável. Recentemente os estudos enfocando a avaliação física funcional têm direcionado seu interesse aos adultos com incapacidade e idosos. Diante dessa constatação, tem sido difícil o estabelecimento de parâmetros de comparação e acompanhamento dos níveis de condicionamento físico e capacidade funcional nos indivíduos de meia-idade e idosos. Dessa forma, o presente estudo objetivou avaliar pessoas praticantes de atividades físicas regulares na cidade de Campinas/SP. Foram avaliadas 734 mulheres e 245 homens, entre 50 e 86 anos de idade. Foram selecionadas para coleta de dados as variáveis associadas à aptidão física relacionada à saúde: resistência cardiorrespiratória, força muscular, flexibilidade e composição corporal. Os participantes de nossa pesquisa eram praticantes de exercícios físicos regulares com e sem supervisão profissional qualificada. A partir dos dados coletados e analisados o nosso estudo poderá contribuir para que mais informações sobre a avaliação física funcional nessa faixa etária sejam levantadas sejam levantadas. Conseqüentemente, aumentar as chances de serem estabelecidos parâmetros confiáveis sobre os mesmos, especialmente visando a população brasileira. Os índices que subsidiaram os nossos estudos foram os mesmos utilizados recentemente para a população americana fisicamente independente, além dos valores já normatizados por entidades internacionais ligadas à atividade física e saúde. 

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