Resumo

O presente estudo teve como objetivo comparar o nível de atividade física entre escolares de diferentes estados nutricionais, matriculadas nas 1ª e 2ª séries de 8 escolas públicas estaduais da cidade de São Paulo. A amostra foi composta de 2519 crianças (50,7% do sexo masculino). Para a avaliação do estado nutricional foi utilizado o índice de peso/estatura (P/E) e adotados os seguintes pontos de corte: desnutrição: abaixo de –1 escore Z; eutrofia: entre –1,00 e +1,00 escores Z; sobrepeso: entre 1 e 2 escores Z; obesidade: acima de 2 escores Z. Os níveis de atividade física foram mensurados por meio de questionário de auto-preenchimento, respondido pelos pais das crianças. Na análise estatística utilizou-se a Análise de Correspondência Múltipla; Análise de Agrupamentos e a Regressão Logística, sendo adotado como nível de significância p£0,05. Os resultados mostraram que a chance de uma criança obesa ser pouco ativa é 2 vezes maior do que a criança eutrófica. O fato de a mãe não trabalhar fora de casa colabora para que a criança seja até 82% mais ativa do que a criança cuja mãe trabalha fora de casa. Conclui-se que o estado nutricional, a presença da mãe e os hábitos alimentares interferem no padrão de atividade física de crianças nesta faixa etária. PALAVRAS-CHAVE: criança, estado nutricional, nível de atividade física, análise de correspondência.