Perfil Cardiorrespiratório Entre Atacantes e Defensores de Uma Equipe Profissional de Rugby
Por Estêvão Rios Monteiro (Autor), André Mendes (Autor), Gabriel Andrade Paz (Autor), Humberto Lameira Miranda (Autor), Vicente Pinheiro Lima (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 24, n 1, 2016. Da página 94 a 100
Resumo
O Rugby caracteriza-se como um desporto competitivo, normalmente praticado por 15 jogadores em cada equipe. É um esporte que exige ao extremo as aptidões físicas, contendo corridas em altas velocidades, colisões físicas entre os atletas, e potência muscular como componente prioritário. Neste sentido, .o objetivo do presente estudo foi comparar o nível de VO2 máximo estimado através do teste Yo-yo entre atacantes e defensores de uma equipe profissional de Rugby da região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro. Participaram do estudo 25 jogadores do sexo masculino (24,16 ± 6,35 anos; 80 ± 9,2 kg; e 1,79 ± 5,6 m). Todos os avaliados realizaram três sessões do teste Yo-yo nível 1 para o estimar o VO2 máximo de forma duplamente indireta, com intervalo de 72 horas entre as sessões. Na análise descritiva foram calculadas as médias e desvio-padrão das variáveis. O teste de Shapiro-Wilk foi aplicado para verificar a normalidade dos dados. O teste T pareado foi aplicado para comparar o distância média e VO2 máximo estimado no teste Yo-yo entre defensores e atacantes. Para todas as analises foi adotado o valor de p < 0,05. Em relação ao grupo total de participantes verificou-se média de 45,25 ± 3,8 ml*kg*min-1 de VO2 máximo. A média do VO2 máximo no grupo de defensores (47,7 ± 4,8 ml*kg*min-1) foi significativamente maior comparado ao grupo de atacantes (42,3 ± 2,8 ml*kg*min-1; p = 0,001). A distância média percorrida pelos defensores também foi significativamente maior (1355,3 ± 574,4 m), quando comparado ao atacantes (713.3 ± 333,8 m; p = 0.0001). Em conclusão, verificou-se que o grupo de defensores apresentou melhor aptidão cardiorrespiratória e maior distância percorrida, quando comparado ao grupo de atacantes. Logo, a prescrição de treinamento individualizado por função, pode exercer um papel fundamental na otimização dos resultados em atletas profissionais de Rugby.