Perfil da equipe de natação do estado de São Paulo na etapa regional das paralimpíadas escolares 2022
Por Fabiano Quirino (Autor), Mayra Barbosa dos Santos (Autor), Renata Willig (Autor), Elke Lima Trigo (Autor).
Resumo
A Paralímpiadas Escolares (PE) é um evento realizado desde 2009 pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), com o objetivo de detecção de talentos e oportunizar a vivência no ambiente competitivo. Na edição regional de 2022 o Estado de São Paulo (ESP) apresentou número recorde de inscritos na modalidade de Para Natação, com isso se fez necessário uma análise de perfil dos atletas selecionados para essa fase para a realização de um trabalho adequado com cada aluno durante a competição. Objetivo: Discutir o perfil dos atletas que compuseram a equipe São Paulo na etapa regional das PE 2022. Método: Participaram da pesquisa os 73 atletas selecionados na fase estadual para representar o ESP na fase regional das PE realizada em setembro na cidade de São Paulo. Os dados foram obtidos antes da competição, por meio de um questionário respondido após o aceite do Termo de Consentimento pelo responsável e assentimento pelo atleta, contendo questões abertas e fechadas sobre as características do jovem e sobre o treino. De acordo com o regulamento da PE os atletas foram divididos em três categorias de idade: A, de 11 a 13 anos (CA); B, 14 e 15 anos (CB); e C, 16 e 17 anos (CC). Resultados: O grupo foi composto por 73 atletas com idade média de 14.31±1.89, sendo 11% com 11 anos, 6,9% com 12 anos, 13,7% com 13 anos, 26,0% com 14 anos, 9,6% com 15 anos, 16,4% com 16 anos, 16,4% com 17 anos. Na distribuição por categoria a maioria pertencia a CC (39,7%), seguido da CB (31,5%), e CA (28,8%). A distribuição por tipo de deficiência indicou 57,6% Física, 26% Intelectual, 8,2% Visual e 8,2% Down, destes 91,8% têm deficiência congênita e 8,2% adquirida. Além disso, 69,9% dos atletas se deslocam de forma independente, enquanto os demais utilizam cadeira de rodas (12,3%), próteses (9,6%) e órteses (8,2%). Em relação à frequência semanal de treino, foi identificado que os atletas treinam 1 (5,5%), 2 (11%), 3 (23,3%), 4 (8,2%), 5 (31,5%) ou 6 (20,5%) vezes na semana. Conclusões: Com este trabalho foi possível identificar a especificidade de cada atleta de acordo com a etiologia da deficiência para adequação do trabalho desenvolvido. Além disso, é possível verificar as deficiências e idades que merecem maior incentivo para ampliação do número de participantes nos próximos eventos, incentivando a prática esportiva inclusiva e competitiva.