Resumo

O futebol é um esporte com destaque não só pela sua popularidade, mas também pela quantidade de lesões que acometem seus praticantes, com prejuízos financeiros não só para os clubes, mas também, para os atletas, que podem enfrentar, também, uma queda da sua performance esportiva. Um dos fatores que está associado à performance, é a assimetria de força, ou falta de igualdade entre os membros, que está associada à prejuízos no desempenho em saltos, corridas e mudança de direção, além de um risco aumentado de possíveis lesões. OBJETIVO: Analisar o perfil das assimetrias musculares em jogadores de futebol profissional. MÉTODOS: Vinte e sete atletas de futebol profissional do sexo masculino (22,0 ± 4,33 anos, 75,4 ± 9,57 kg, 179 ± 6,82 cm, 24,2 ± 2,8 kg/m2) foram selecionados para as avaliações. Medidas antropométricas (massa corporal, estatura, índice de massa corporal), de dinamometria isométrica (SP-Tech, MEDEOR®, Florianópolis, SC, Brasil) dos grupos musculares (flexores, extensores, adutores e abdutores de quadril, flexores e extensores de joelhos) foram realizadas nos atletas. Os dados foram analisados, dividindo-se a amostra em dois grupos, de acordo com a assimetria, sendo um grupo formado por atletas com assimetria de até 10% e outro grupo com assimetria ≥11%.  RESULTADOS: Os resultados mostraram que, do total de 27 jogadores 44% dos atletas apresentaram assimetria até 10% para extensores de joelho (n = 12, 5,8 ± 3,1%), 33% para flexores de joelho (n = 9, 6,2 ± 2,8%), 26% para flexores de quadril (n = 7, 3,1 ± 2,1%), 56% para extensores de quadril (n = 15, 4,4 ± 3,2%), 41% para adutores de quadril (n = 11, 6,2 ± 3,2%) e 44% para abdutores de quadril (n = 12, 5,5 ± 2,2%). Por outro lado, 56% dos atletas apresentaram assimetria ≥11% para extensores de joelho (n = 15, 17,6 ± 4,9%), 67% para flexores de joelho (n = 18, 27,3 ± 12,1%), 74% para flexores de quadril (n = 20, 26,7 ± 10,1%), 44% para extensores de quadril (n = 12, 30,0 ± 12,0%), 59% para adutores de quadril (n = 16, 25,4 ± 9,3%), 56% para abdutores de quadril (n = 15, 23,5 ± 8,9%). CONCLUSÃO: Todos os jogadores de futebol profissional apresentaram assimetria e a maioria deles com valores acima de 10%.

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