Resumo

A ginástica laboral (GL) é reconhecida como uma intervenção preventiva e promotora da saúde do trabalhador, capaz de reduzir dores musculoesqueléticas e favorecer o bem-estar. No ambiente universitário, a permanência prolongada em posturas estáticas, o uso excessivo de computadores e a sobrecarga de demandas podem contribuir para o adoecimento físico e emocional. Objetivo do estudo: identificar queixas de dor musculoesquelética e seus impactos no cotidiano de servidores da Universidade Estadual do Ceará (UECE), visando orientar a implementação de um Programa de Ginástica Laboral (PGL). Metodologia: tratou-se de um estudo descritivo e transversal, realizado com 30 funcionários do restaurante universitário (24 participantes) e dos serviços gerais do complexo esportivo da universidade (6 participantes). O Questionário sobre Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Q-ADOM) foi aplicado eletronicamente por e-mail institucional. Resultados: a amostra contou com 17 mulheres e 13 homens, predominando a faixa etária entre 29 e 49 anos (50%). Mais da metade (53,3%) possuía tempo de serviço superior a 10 anos. No total, 56,7% relataram dores musculoesqueléticas nas últimas quatro semanas, sendo 30% moderadas em repouso e 50% durante exercícios físicos. As dores interferiram em atividades diárias, sono, interações sociais e prática de atividade física, além de impactarem o bem-estar emocional, com relatos de irritabilidade e desânimo, sendo essa última informação mais da metade alega ter sido acometido com irritabilidade e desânimo durante as últimas 4 semanas. As regiões mais acometidas foram coluna lombar (33,3%) e cervical (26,7%), joelhos (20%) e punhos (16,7%). Conclusão: Os resultados evidenciam elevada prevalência de queixas musculoesqueléticas, reforçando a importância do PGL como estratégia de promoção da saúde e melhoria das condições laborais no contexto universitário

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