Perfil de dor musculoesquelética de funcionários do restaurante universitário e serviços gerais participantes do Programa de Ginástica Laboral da Universidade Estadual do Ceará
Por Italo Teixeira Luiz Pereira (Autor), Kristiane Mesquita Barros Franchi (Autor), Valquíria de Lima (Autor), Davi Medeiros Sena Delmiro (Autor), Gabriel Henrique Torres Ferreira (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A ginástica laboral (GL) é reconhecida como uma intervenção preventiva e promotora da saúde do trabalhador, capaz de reduzir dores musculoesqueléticas e favorecer o bem-estar. No ambiente universitário, a permanência prolongada em posturas estáticas, o uso excessivo de computadores e a sobrecarga de demandas podem contribuir para o adoecimento físico e emocional. Objetivo do estudo: identificar queixas de dor musculoesquelética e seus impactos no cotidiano de servidores da Universidade Estadual do Ceará (UECE), visando orientar a implementação de um Programa de Ginástica Laboral (PGL). Metodologia: tratou-se de um estudo descritivo e transversal, realizado com 30 funcionários do restaurante universitário (24 participantes) e dos serviços gerais do complexo esportivo da universidade (6 participantes). O Questionário sobre Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Q-ADOM) foi aplicado eletronicamente por e-mail institucional. Resultados: a amostra contou com 17 mulheres e 13 homens, predominando a faixa etária entre 29 e 49 anos (50%). Mais da metade (53,3%) possuía tempo de serviço superior a 10 anos. No total, 56,7% relataram dores musculoesqueléticas nas últimas quatro semanas, sendo 30% moderadas em repouso e 50% durante exercícios físicos. As dores interferiram em atividades diárias, sono, interações sociais e prática de atividade física, além de impactarem o bem-estar emocional, com relatos de irritabilidade e desânimo, sendo essa última informação mais da metade alega ter sido acometido com irritabilidade e desânimo durante as últimas 4 semanas. As regiões mais acometidas foram coluna lombar (33,3%) e cervical (26,7%), joelhos (20%) e punhos (16,7%). Conclusão: Os resultados evidenciam elevada prevalência de queixas musculoesqueléticas, reforçando a importância do PGL como estratégia de promoção da saúde e melhoria das condições laborais no contexto universitário