Resumo

Este estudo, de natureza qualitativa, tem como objetivo, analisar o perfil de idosos praticantes regulares de atividades de aventura. O estudo foi realizado em duas etapas, a primeira relacionada a uma revisão de literatura a respeito das temáticas propostas e a segunda, a uma pesquisa exploratória, utilizando-se como instrumento uma entrevista estruturada. A amostra intencional do estudo foi formada por 15 indivíduos idosos, com faixa etária acima de 60 anos, de ambos os sexos, praticantes regulares dessas atividades, oferecidas por empresas de ecoturismo, da cidade de Brotas/SP. Os dados coletados foram analisados descritivamente, por meio da técnica de Análise de Conteúdo Temático e indicam que, as idades variam entre 60 e 82 anos, totalizando uma média de 66,3 anos. Em relação ao sexo, 11 eram do masculino e 04 do feminino. Quanto ao nível de escolaridade, 11 sujeitos tinham o ensino superior completo, 02 terminaram o ensino médio e 02 não apresentavam nenhum grau de escolaridade. As profissões dos sujeitos eram variadas: 03 funcionários públicos, 03 comerciantes, 02 advogados, 02 professoras, 02 do lar, 01 bancário, 01 médico e 01 engenheiro. Em relação aos tipos de atividades praticadas, foi encontrada uma grande variedade de modalidades: rafting, trilhas, bóiacross, rappel, arvorismo, trilha com bike, exploração de cavernas, “banana-boat”, canyoning, surf, vôo-livre, off-rod (rally com jipe), corrida de orientação e mergulho. Os dados coletados indicam que os idosos que praticam essas atividades têm um alto nível de escolaridade, talvez pelo fato de que as pessoas que procuram esse tipo de vivência, geralmente, têm um poder aquisitivo elevado, em decorrência do alto custo, não só das atividades em si, mas da preparação da viagem, muitas vezes necessária para tornar realidade essa vivência.

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