Perfil de Lesões em Pilotos de Parapente no Brasil e Seus Fatores de Risco
Por Jackeline Crivellaro (Autor), Renan Moritz Varnier Rodrigues de Almeida (Autor), Rodney Wenke (Autor), Eduardo Borba Neves (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 23, n 4, 2017. Da página 270 a 273
Resumo
Introdução: O parapente é uma atividade de voo livre que utiliza um planador ultraleve flexível para decolagem, evolução em voo e pouso. Apesar do crescente número de praticantes desse esporte no Brasil, não foram encontrados dados epidemiológicos de lesões na prática de parapente no país. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar a incidência, tipo, área anatômica acometida, gravidade, e também verificar se há algum padrão nas lesões em pilotos de parapente no Brasil. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo, analítico, transversal e retrospectivo por meio de um questionário adaptado do Formulário de Notificação de Acidentes do órgão Alemão LBA - Federal Office of Civil Aeronautics - para obter informações pertinentes aos objetivos da pesquisa. A aplicação do questionário foi realizada on-line, pelo Google Formulários. Resultados: Foram contabilizadas 575 participações válidas, sendo 92,7% dos participantes do sexo masculino, sendo 30,4% com idades entre 41 e 50 anos. Entre eles, 68,6% relataram já ter sofrido uma lesão no esporte; a região anatômica de maior incidência foram os membros inferiores (44,09%), sendo o pouso, a fase do voo em que aconteceu a maioria das lesões (68,01%). Uma regressão logística identificou que “idade” e “tipo de homologação” eram os dois fatores associados à ocorrência de lesão na amostra estudada. Conclusão: Com base nesta pesquisa, é possível elaborar um programa de treinamento funcional para os praticantes desta modalidade, visando um melhor desempenho, medidas de prevenção de lesões associadas ao esporte, bem como propiciar a reabilitação adequada aos pilotos de parapente