Resumo

Introdução: O parapente é uma atividade de voo livre que utiliza um planador ultraleve flexível para decolagem, evolução em voo e pouso. Apesar do crescente número de praticantes desse esporte no Brasil, não foram encontrados dados epidemiológicos de lesões na prática de parapente no país. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar a incidência, tipo, área anatômica acometida, gravidade, e também verificar se há algum padrão nas lesões em pilotos de parapente no Brasil. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo, analítico, transversal e retrospectivo por meio de um questionário adaptado do Formulário de Notificação de Acidentes do órgão Alemão LBA - Federal Office of Civil Aeronautics - para obter informações pertinentes aos objetivos da pesquisa. A aplicação do questionário foi realizada on-line, pelo Google Formulários. Resultados: Foram contabilizadas 575 participações válidas, sendo 92,7% dos participantes do sexo masculino, sendo 30,4% com idades entre 41 e 50 anos. Entre eles, 68,6% relataram já ter sofrido uma lesão no esporte; a região anatômica de maior incidência foram os membros inferiores (44,09%), sendo o pouso, a fase do voo em que aconteceu a maioria das lesões (68,01%). Uma regressão logística identificou que “idade” e “tipo de homologação” eram os dois fatores associados à ocorrência de lesão na amostra estudada. Conclusão: Com base nesta pesquisa, é possível elaborar um programa de treinamento funcional para os praticantes desta modalidade, visando um melhor desempenho, medidas de prevenção de lesões associadas ao esporte, bem como propiciar a reabilitação adequada aos pilotos de parapente

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