Perfil de lesões musculoesqueléticas entre jovens praticantes de futebol
Por Tobias Natan Zuffo (Autor), Paula Felippe Martinez (Autor), Heloyse Elaine Gimenes Nunes (Autor), Cássio Pinho dos Reis (Autor), Silvio Assis Oliveira-Junior (Autor).
Resumo
O jogo de futebol é caracterizado por exigências físicas diversas e alta prevalência de lesões musculoesqueléticas (LM). O objetivo deste trabalho foi descrever a prevalência e características de LM entre jovens praticantes de futebol. A casuística consistiu em 176 participantes com 10-17 anos de idade, os quais foram distribuídos em quatro grupos etários: Sub-11; Sub-13; Sub-15; e Sub-17. Além de informações demográficas e antropométricas, foram coletados de casos retrospectivos de LM. O grupo Sub-17 revelou as maiores taxas de ocorrência de LM retrospectiva. O grupo Sub-11 registrou a maior taxa de LM por participante lesionado (46.2 %); 50 casos (62.5 %) durante treinamentos. Membros inferiores foram os principais locais de instalação de lesões, com 66 casos (82.5 %), e tornozelo/pé foi o segmento anatômico com maior prevalência (45.5 %). Houve maior predomínio de LM não-traumáticas, com 44 casos (55 %), e maior ocorrência de casos de natureza leve, com 49 casos (61.3 %). A maioria dos casos envolveu retorno assintomático às atividades de treino, totalizando 57 casos (71.3 %); 62 casos (77.5 %) ocorreram sem a necessidade de suporte médico ou terapêutico. A prevalência de LM entre jovens praticantes de futebol envolveu agravos em membros inferiores na região de tornozelo/pé, de severidade leve e não requereram tratamento.