Resumo

O processo de envelhecimento vem sendo cada vez mais alvo de pesquisas e estudos indagando o seu impacto na qualidade de vida e saúde. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo identificar o perfil de qualidade de vida, saúde percebida e prevalência de comorbidades em mulheres idosas participantes de programas de exercícios físicos. MÉTODOS: Participaram do estudo 41 mulheres idosas, com 69 ± 6,2 anos, fisicamente independentes, vinculadas a programas de exercícios nas unidades básicas de saúde (UBS) do município de Votuporanga – SP, os dados foram coletados mediante a aplicação de três questionários, sendo um direcionado para as informações sobre estado de saúde, presença de co-morbidades e percepção de saúde, e dois para identificar o nível de qualidade de vida sendo o Whoqol-Bref e Whoqol-Old. Para apresentação dos dados utilizou-se estatística descritiva. RESULTADOS: Os resultados indicaram que, 2,7% a avaliam como excelente, 8,1% a classificam como muito boa, 43,2% como boa, 40,5% como ruim e 5% como muito ruim. Em relação às co-morbidades, as idosas auto-refereriam uma média de 6,1 (± 3). As mais prevalentes foram coluna vertebral (94,5%), hipertensão (91,8%), diabetes (83,7%) e doença vascular (70,2%), quanto a qualidade de vida, avaliados pelo WhoqolBref, as idosas apresentaram pontuação total de 58,6 pontos e nas suas dimensões, 54,8 para a física, 64,1 para a psicológica, 56,3 para a relações sociais e 60,2 para os fatores ambientais, em relação aos aspectos específicos do envelhecimento na qualidade de vida, avaliada pelo Whoqol-Old, as idosas obtiveram 46,6 pontos no escore geral, 59,5 na dimensão intimidade, 38,8 nos aspectos que avaliam a morte e morrer, 49,8 na participação social, 49,5 na percepção sobre atividades passadas, presentes e futuras, 35,3 no funcionamento sensorial e 52,5 na autonomia. CONCLUSÃO: De acordo com os dados obtidos, é possível concluir que as idosas entrevistadas que participam de um programa de exercícios físicos possuem um alto número de co-morbidades e que forma equilibrada, possuem percepções positivas e negativas em relação a saúde. O número de comorbidades parece influenciar na sua percepção de saúde, em relação a de vida qualidade de vida as participantes do estudo possuem uma baixa percepção, apesar de estarem inseridas em programas de atividade física regular.

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