Perfil de qualidade de vida, saúde percebida e prevalência de co-morbidades em mulheres idosas em um programa de exercícios físicos
Por Valter M.S. Junior (Autor), Jean C.A de Souza (Autor), Arthur T. Frascischette (Autor), Thais F.A. Mattos (Autor), Daniela M.S. Pereira (Autor), Marieli R. Stocco (Autor), Denilson C. Teixeira (Autor).
Em VI Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
O processo de envelhecimento vem sendo cada vez mais alvo de pesquisas e estudos indagando o seu impacto na qualidade de vida e saúde. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo identificar o perfil de qualidade de vida, saúde percebida e prevalência de comorbidades em mulheres idosas participantes de programas de exercícios físicos. MÉTODOS: Participaram do estudo 41 mulheres idosas, com 69 ± 6,2 anos, fisicamente independentes, vinculadas a programas de exercícios nas unidades básicas de saúde (UBS) do município de Votuporanga – SP, os dados foram coletados mediante a aplicação de três questionários, sendo um direcionado para as informações sobre estado de saúde, presença de co-morbidades e percepção de saúde, e dois para identificar o nível de qualidade de vida sendo o Whoqol-Bref e Whoqol-Old. Para apresentação dos dados utilizou-se estatística descritiva. RESULTADOS: Os resultados indicaram que, 2,7% a avaliam como excelente, 8,1% a classificam como muito boa, 43,2% como boa, 40,5% como ruim e 5% como muito ruim. Em relação às co-morbidades, as idosas auto-refereriam uma média de 6,1 (± 3). As mais prevalentes foram coluna vertebral (94,5%), hipertensão (91,8%), diabetes (83,7%) e doença vascular (70,2%), quanto a qualidade de vida, avaliados pelo WhoqolBref, as idosas apresentaram pontuação total de 58,6 pontos e nas suas dimensões, 54,8 para a física, 64,1 para a psicológica, 56,3 para a relações sociais e 60,2 para os fatores ambientais, em relação aos aspectos específicos do envelhecimento na qualidade de vida, avaliada pelo Whoqol-Old, as idosas obtiveram 46,6 pontos no escore geral, 59,5 na dimensão intimidade, 38,8 nos aspectos que avaliam a morte e morrer, 49,8 na participação social, 49,5 na percepção sobre atividades passadas, presentes e futuras, 35,3 no funcionamento sensorial e 52,5 na autonomia. CONCLUSÃO: De acordo com os dados obtidos, é possível concluir que as idosas entrevistadas que participam de um programa de exercícios físicos possuem um alto número de co-morbidades e que forma equilibrada, possuem percepções positivas e negativas em relação a saúde. O número de comorbidades parece influenciar na sua percepção de saúde, em relação a de vida qualidade de vida as participantes do estudo possuem uma baixa percepção, apesar de estarem inseridas em programas de atividade física regular.