Perfil do atleta andante na dança em cadeira de rodas
Por Luiza Helena Pereira (Autor), Rodrigo de Magalhães Vianna (Autor).
Resumo
O ato de dançar é importante, pois proporciona-nos bem estar físico, social e psicológico. A Dança em Cadeira de Rodas Esportiva (DECR) é uma modalidade esportiva adaptada da dança de salão que envolve pessoas com deficiência física permanente de membros inferiores e usuários de cadeira de rodas dividida em duas categorias, aCombi: onde um cadeirante dança com um andante; e a Duo: dois cadeirantes são parceiros de dança. Os estilos apresentados variam entre danças modernas, criativas e figurativas. No contexto da DECR, é fundamental uma relação de parceria e comunicação entre todos envolvidos. O papel do dançarino sem deficiência física é de suma importância no estilo “combi”, pois sem o mesmo o cadeirante não poderá participar dessa modalidade. O perfil dos praticantes deve ser entendido salientando a proposta de iniciar-se o ato e principalmente, sua manutenção na dança. A motivação para a prática de uma atividade depende da interação entre a personalidade e fatores do meio ambiente como algo atraente, um desafio ou influência social. Objetivo: Conhecer o perfil e o aspecto motivacional dos atletas andantes de DECR. Método: Foi realizada uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa utilizando da metodologia Snowball. A amostra foi composta de 17 atletas andantes da DECR federados, no Brasil. A coleta foi realizada através de perguntas feitas em formulário online Google Forms. Os formulários foram encaminhados de forma aleatória pela perspectiva de uma cadeia de referências. Todos os procedimentos éticos na pesquisa foram adotados. Resultados: Do total dos atletas andantes, 9 são solteiros, maioria entre 38 a 43 anos, sexo feminino. Verificamos que dos entrevistados 9 possuem apenas a graduação na área da Educação Física e 3 na Dança. 15 atletas realiza dupla com amigos. 14 são federados, mas 35% ainda não participaram de competições. A motivação para dançar vem dos benefícios e prazer pela prática e se sentem extremamente motivados, 15 atletas. Conclusões: Percebe-se que a interação social entre pessoas com deficiência e pessoas sem deficiência pode e deve acontecer em todos os lugares, inclusive na atividade física e dança. Os atletas andantes pesquisados na DECR, no Brasil, se apresentam motivados em relação a prática da atividade e o convívio com seu parceiro de apresentação. Necessidade de novas pesquisas.