Perfil Epidemiológico de Lesões em Jovens Atletas do Futsal Feminino Paraense: Um Estudo Retrospectivo
Por Luana Correa Pardauil de Moraes (Autor), Adrian Victor Lima Tenório (Autor), Milena Vasconcelos Medeiros (Autor), Monica Yumi Okada (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Ao analisar o histórico competitivo das equipes de futsal feminino paraense percebe-se que estas já obtiveram sucesso em competições nacionais, além de fornecer talentos para seleção. Porém, é perceptível a inserção cada vez mais cedo de jovens no esporte e proporcional a este, o abandono precoce , fato motivado, principalmente pela ocorrência de lesões. Diante disso, coletar dados epidemiológicos irá possibilitar o conhecimento sobre especificidades no treinamento e métodos de prevenção, buscando prolongar sua vida esportiva e saúde. Objetivo: Identificar o perfil das lesões desportivas que ocorrem nas categorias de base, do futsal feminino. Métodos:consisteemumestudodescritivo,comparativoeretrospectivo,comabordagemquantitativa.Oqualutilizao QuestionáriodeInquéritodeMorbidadeReferida (IMR) , adaptado de Pastre et al. (2009), aplicado após os treinos. Os dados estatísticos foram tratados através do pacote SPSS 22.0, onde se adotou a estatística descritiva para a caracterização da amostra, e a estatística inferencial foi realizada por meio do teste do qui-quadrado para apontar as diferenças nas prevalências e nas incidências das variáveis categóricas e do teste de correlação bivariada de Pearsom para verificar os níveis de associação entre as variáveis investigadas, sendo adotado um nível de significância de p≤0,05 para as inferências. A amostra foi constituída por 38 ateltas , pertencentes a 4 insituiçoes esportivas, entre 15 e 20 anos, jogadoras de Futsal, participantes de pelo menos dois campeonatos estaduais e com no minimo 1 lesão sofrida durante prática da modalidade, nos últimos 12 meses. Resultados: No estudo foi possível constatar maior incidência de lesões nos joelhos (25,2%) e tornozelos (23,3%), predominando lesões do tipo articular (59,6%). Em relação ao momento lesivo, 73,69% afirmaram ter se lesionado durante o jogo e 35,42% não buscou tratamento profissional. Conclusão: Verificou-se o perfil de lesões, locais anatômicos mais acometidos, risco acentuado para ocorrência no momento de jogo, predominância de lesões articulares, sendo tratadas em sua maioria por conta própria. Contudo, o perfil delimitado levantou informações pertinentes para basear um futuro planejamento de prevenção de lesões, contribuindo para a saúde, sucesso esportivo e desenvolvimento da modalidade.