Perfil estilo de vida de universitários foi modificado ao longo da pandemia – análise entre sexos
Por Maria Isadora Bonfim Neves (Autor), Sérgio Roberto Adriano Prati (Autor), Aline De Souza Santos (Autor), Thais Regina De Sousa (Autor), Daniel Wagner Da Silva Tizo (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
O estilo de vida (EV) das pessoas foi severamente modificado ao longo dos anos da pandemia. O risco de contágio e infecção pela Covid19 condicionou as populações a adotarem novas formas de viver em sociedade. Para universitários, a adoção de aulas remotas, o isolamento social incluindo amigos e familiares, além das restrições para manifestações culturais comuns à vida universitária se tornaram comuns, todavia às vezes uma preocupação com a saúde geral passo a fazer parte da vida dessas pessoas. Objetivo: Comparar de forma transversal o estilo de vida de moças e rapazes estudantes universitários em dois momentos, sendo um sem a pandemia e outro durante a pandemia. Método: A amostra compreendeu 335 moças (2019=181 ;2021=154) e 131 rapazes (2019=67; 2021=64), matriculados em um um campus universitário de Paranavaí-PR. Todos responderam ao questionário padronizado Estilo de Vida Fantástico (AÑEZ; REIS; PETROSKI, 2008) que é formado por 25 questões, sendo 23 em escala likert (valores de 0 a 4pontos) e 2 dicotômicas (valores de 0 e 4 pontos) sendo subdividido em 9 dimensões do EV (FA-Família/Amigos; AF-Atividade física; N-Nutrição; TD-Tabaco/drogas; A-Álcool; SS-Segurança/Estresse; TC-Tipo de Comportamento; I-Introspecção; e C-Carreira). Resultados: Foi observado que em ambos os sexos o EV apresentou, em média piora significativa (Fem., 2019=63,9; 2021=60,7pts.; Masc., 2019=66,3; 2021=60,8pts., P<0,00), sendo que as moças apresentaram valores médios menores (P<0,001) durante a pandemia em três dimensões (FA; TD; A) indicando que o convívio social entre família e amigos foi comprometido na pandemia (FA, 2019=6,3; 2021=4,3pts.), bem como elevou o consumo e uso de substâncias nocivas como bebidas alcoólicas (A, 2019=10,5; 2021=9,8pts.), tabaco e drogas (TD, 2019=13,8; 2021=10,3pts.). Por outro lado, houve melhora (P<0,001) no EV das moças quanto a nutrição e ao tipo de comportamento (controle de ansiedade/raiva). Os rapazes apresentaram condição significativa para um melhor EV apenas na dimensão carreira (C, 2019=2,4; 2021=2,9pts., P=0,08), sugerindo que nesse período parece que houve certa valorização quanto a escolha profissional, por outro lado, em média também apresentaram elevação no consumo de substâncias nocivas (TD, 2019=13,2; 2021=10,0pts., P<0,00) e comprometimento no convívio familiar e de amigos (FA, 2019=6,1; 2021=4,3pts., P<0,00). Conclusões: A pandemia contribuiu para a piora geral no EV de universitários, em especial atingindo aspectos do convívio familiar e de amigos, além de elevar níveis de uso de substâncias nocivas como álcool, tabaco e drogas.