Perfil do Estilo de Vida de Profissionais de Educação Física
Por Dédima Pereira (Autor), Maria Fátima Glaner (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Nos atos cotidianos de uma pessoa estão presentes seus hábitos, valores,
comportamentos positivos e negativos relativos à sua saúde os quais revelam
o seu Estilo de Vida (EV). Esse tema faz parte do discurso dos profissionais
da área da saúde, entre eles, o educador físico. O objetivo deste estudo foi
verificar o Perfil do Estilo de Vida Individual (PEVI) de profissionais de
Educação Física identificado através de questionário homônimo (NAHAS et
al., 2000). O PEVI engloba os comportamentos nutrição, atividade física,
prevenção, relacionamento e controle do estresse. Os quais são avaliados de
acordo com a seguinte escala: não faz parte do EV(0); às vezes faz parte do
EV(1); quase sempre faz parte do EV(2); sempre faz parte do EV(3).A amostra
foi composta por 30 educadores físicos, sendo 12 homens e 18 mulheres
apresentando, respectivamente, os seguintes valores médios: idade=27,9+/-
3,9 e 27,6+/-5,9 anos; estatura=178,3+/-6,4 e 164,9+/-5,6cm; massa
corporal=77,7+/-10,0 e 59,8+/-9,1kg; e índice de massa corporal=24,4+/-
2,1 e 22,0+/-3,1kg/m2. O PEVI foi analisado através da estatística descritiva
usando o programa SPSS. Os resultados (freqüências %), por escala de
comportamento (0, 1, 2 ou 3) foram: nutrição=0(0%), 1(36,7%), 2(53,3%),
3 ( 1 0%) ; at iv i d a d e f í s i c a = 0 ( 3 , 3%) , 1 ( 2 6 , 7%) , 2 ( 4 6 , 7%) , 3 ( 2 3 , 3%) ;
prevenção=0(0%), 1(1,67%), 2(43,3%), 3(50%); relacionamento=0(0%),
1(6,7%), 2(46,7%), 3(46,7%); controle do estresse=0(3,3%), 1(33,3%),
2(56,7%), 3(6,7%). As freqüências percentuais nas escalas 2 e 3, da prevenção
e relacionamento, demonstram que a maioria possui EV saudável nestes
comportamentos. Enquanto que, nos comportamentos nutrição, atividade física
e controle do estresse a maioria não possui um EV saudável. Isto pode levar à
instalação ou desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis. Estudo
(CRUZ & GLANER, 2004) com mesmo delineamento identificou um elevado
percentual de graduandos em Educação Física (7º e 8º semestre) com EV que
favorece riscos à saúde (escalas 0 e 1). Apesar dos graduandos apresentarem
comportamento negativo maior que os profissionais de Educação Física do
presente estudo, estes últimos também não colocam em prática o suposto
conhecimento da importância de um EV saudável