Resumo
O crescimento da popularidade dos Programas de Condicionamento Extremo tem implicado na importância de se estudar e entender os benefícios e malefícios da atividade para seus praticantes. Diversos estudos têm pesquisado sobre esses fatores principalmente sobre os fatores que possam levar a lesões e fatores psicológicos que envolvem a adesão e continuidade da atividade. Assim, os objetivos para este estudo foram: quantificar força, flexibilidade e a qualidade de vida de acordo com o tempo de prática no PCE (artigo 1); Determinar a prevalência de dependência ao exercício em praticantes de programas de condicionamento extremo (PCE) e analisar se a prática de outra atividade, volume de treino e o tempo de experiência influenciam nos resultados (artigo 2); Avaliar se a prática de um programa de condicionamento extremo (PCE) somada a outras atividades melhora a flexibilidade quando comparada a quem pratica somente o PCE (artigo 3). O estudo foi do tipo observacional, transversal e utilizou como ferramentas os dinamômetros de força dorsal e escapular, flexímetro e os questionários Whoqol-Bref e Exercise Addiction Inventory. Os resultados foram apresentados em média e desvio padrão. Foram aplicados testes de normalidade, t de student, Mann-Whitney, Pearson, regressão logística bivariada, considerando o nível de significância de 5%. Os resultados apontam para um discreto aumento na força e qualidade de vida e uma redução da flexibilidade em mulheres praticantes de PCE. A prática de outra modalidade e o volume de treino no PCE tiveram efeito sobre a dependência ao exercício. Além disso, a flexibilidade não foi influenciada pela prática de outra modalidade somada ao PCE quando comparada a quem só praticava o PCE. Conclui-se que mulheres podem se beneficiar com a prática do PCE. A prevalência de dependência foi de 15,09%. O volume de treino no PCE e a prática de outra modalidade somada ao PCE influenciam na dependência ao exercício. Outra modalidade somada ao PCE não foi capaz de influenciar na flexibilidade do participante.
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