Perfil Isocinetico Funcional de Ombros de Atletas de Voleibol e Não Atletas
Por Marco Aurélio Vaz (Autor).
Em VII Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A análise cinesiológica da cortada e saque por cima do voleibol suporta a necessidade de se estudar o perfil isocinético dos músculos rotadores de ombro através da razão funcional (pico de torque excêntrico de rotatores externos / pico de torque concêntrico de rotatores internos). Com este objetivo, torque isocinético de rotatores de ombros, bilateralmente, foi avaliada e 12 atletas de voleibol, 12 sujeitos moderadamente ativos e 12 sedentários, com idade entre 16 e 21 anos, assintomáticos. Após 3 repetições dos movimentos de rotação de ombro, foi registrado o pico de torque isocinético (Cybes Norm) da contração concêntrica e excêntrica em velocidade de 120°/s. Os seguintes testes estatísticos foram utilizados: Shapiro-Wilk, Skewness, correlação de Pearson, test-t e pareado test-t independente. Para os três grupos registrouse diferença estatística entre lado dominante e não dominante (p<0.05). Na comparação das razões funcionais intergrupos, os atletas (razão = 0.94) se diferenciam dos sujeitos moderadamente ativos (razão =1.23) e estes dos sedentários (razão = 0.98). O grupo de atletas apresentava ombro dominante com maior desequilíbrio muscular. Especulamos que esta característica favoreça o surgimento de lesões e que seja associada ao fato de que a ênfase no recrutamento dos músculos rotatpores internos não seja acompanhado por uma hipertrofia dos músculos ratatores externos o suficiente para aproximar a razão antagonista funcional do valor recomendado. Especulamos ainda que a prática de atividade esportiva de forma moderada colabora par um maior equilíbrio entre as forças musculares antagonistas dos movimentos de ombro.