Perfil Psicológico dos Atletas Cadeirantes Participantes da Maratona Ecológica Internacional de Curitiba
Por Birgit Keller (Autor), Ivete Balen (Autor), José Carlos Estevam (Autor), Rafael Lima (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: A Educação Física tem muito a oferecer às pessoas portadoras
de deficiência nas mais variadas formas de atividade. Ela é capaz de promover
a integração ou reintegração do indivíduo na sociedade e promover o interesse
pelo esporte. Hoje existem inúmeras competições oficiais para os deficientes,
mas ainda poucos estudos são desenvolvidos nesta área. Neste sentido, o
objetivo deste trabalho foi investigar o perfil psicológico dos atletas cadeirantes
participantes de maratonas. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por
16 atletas cadeirantes (13 masculinos e 3 femininos), com idade média de 33,43
anos e desvio padrão de 6,31 anos, participantes da 8ª Maratona Ecológica
Internacional de Curitiba, realizada no ano de 2004. Para a coleta de dados
foram utilizados vários questionários e inventários para avaliar diferentes
constructos da psicologia do esporte, sendo a ansiedade avaliada pelo Inventário
de Ansiedade de Estado (MARTENS, 1979); o humor através do Perfil de Estados
de Humor (MCNAIR, LORR & DROPPLEMAN, 1971); a auto-estima pelo Inventário
de Auto-estima Adaptado (OKAZAKI, 2004); o estresse através do questionário
das Reações Fisiológicas do Estresse (GREEMBERG, 2002) e a auto-imagem foi
investigada pelo Questionário de auto-estima e auto-imagem (SOTHÄUS, 1983).
Foi realizada a contagem destes instrumentos, conforme os protocolos e os
valores lançados em uma planilha. O tratamento estatístico empregado foi
uma análise descritiva (media e desvio padrão). Resultados: Os atletas
apresentaram níveis baixos de ansiedade estado (X=19,18, d.p.=4,87); níveis
de humor moderados (X=6,75, d.p.=1,77); níveis normais de auto-estima
(X=64,5, d.p.=15,65); em relação ao estresse apresentaram baixos sintomas
fisiológicos de resposta ao estresse (X=60,18, d.p.=15,31) e uma auto-imagem
alta (X=98,56, d.p.=15,41). Conclusão: Conclui-se, neste estudo, que os atletas
apresentaram um perfil psicológico ideal, mesmo sendo portadores de alguma
deficiência. A partir destes resultados podemos observar como é importante a
prática de um esporte competitivo para esta população. Sugerem-se novos
estudos, com esta população analisando outros fatores, como: tempo de prática,
experiência, performance e outros construtos da psicologia esportiva.