Perfil Sociodemográfico e iniciação esportiva na corrida Orientação no Brasil: um estudo transversal
Por Fábio Solagaistua (Autor), Gustavo Corrêa (Autor).
Em Revista de Educação Física - Centro de Capacitação Física do Exército v. 90, n 1, 2021.
Resumo
A Orientação, praticada no Brasil desde os anos 70, encontra dificuldades na popularização e no aumento consistente de participantes em suas principais competições. Nessa condição, torna-se um esporte subestimado no que diz respeito à busca por recursos financeiros e aspectos de visibilidade midiática, visto que possui um altíssimo grau de atratividade envolvendo fatores físicos e cognitivos, tendo como local de prática os cenários naturais que por si só despertariam interesse instantâneo como acontece em vários países do continente europeu.
Objetivo: Descrever as características sociodemográficas do atleta brasileiro da Orientação e examinar a temporalidade do início nessa prática esportiva.
Métodos: Estudo observacional, transversal, no qual foi utilizado um questionário online por meio do Formulários Google, contendo 68 perguntas. Participaram da pesquisa 638 atletas do Esporte Orientação, de ambos os sexos. Foram realizadas análises estatísticas descritivas em termos de média, desvio padrão e porcentagem.
Resultados: Os praticantes, com a faixa etária variando dos 13 aos 77 anos(média 39,3 ±13,7), pertenciam a uma classe social mais elevada, com formação acadêmica privilegiada e teve a iniciação no esporte após os 21 anos de idade
Conclusão: Os praticantes de Orientação no Brasil fazem parte de uma faixa socioeconômica mais alta, destoando da média da população nacional. Os resultados indicam que pode haver necessidade de estratégias de desenvolvimento da modalidade que promovam a inclusão esportiva de pessoas de camadas sociais de renda mais baixa.