Perfis de risco cardiometabólico e a relação entre atividade física, circunferência abdominal, ldl e tempo de tela em trabalhadores da saúde
Por Alan Lopes De Sousa Freitas (Autor), Heloise Manica Paris Teixeira (Autor), Josiane Melchiori Pinheiro (Autor), Wilson Rinaldi (Autor), Ana Sílvia Degasperi Ieker (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
O risco cardiometabólico refere-se à probabilidade de um indivíduo desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas. Estudos demonstram que a avaliação precisa dos fatores de risco e a utilização de machine learning podem propor um olhar preventivo para a incidência de eventos cardiometabólicos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Aplicar algoritmos de clusterização para definir perfis de risco cardiometabólico e a relação entre atividade física, circunferência abdominal, LDL e tempo de tela em trabalhadores da saúde. Metodologia: A amostra foi composta a partir de dados de 560 registros de trabalhadores de um Hospital Escola do Sul do Brasil. Nesta pesquisa foi utilizada a técnica de validação cruzada k-fold, uma técnica comumente utilizada em machine learning. Essa técnica divide aleatoriamente a base de treinamento em k partes de tamanhos aproximadamente iguais, onde k-1 partes formam o conjunto de treinamento e a parte restante forma o conjunto de testes. O algoritmo para a efetivação dos clusters foi o k-means. As análises foram realizadas no Python versão 3.10.2. Resultado: O uso de agrupamento de fatores de risco cardiometabólicos identificou alta proporção de trabalhadores com presença de alterações cardiometabólicas relevantes. O cluster 2 (alto risco) demonstra um grupo de sujeitos que se aglutinaram por terem circunferência abdominal elevada, serem pouco ativos, possuírem elevado tempo de tela e valores elevados de LDL. O cluster 1 (baixo risco) representa 46,5% da amostra, com sujeitos com valores de LDL mais baixo, em sua maioria inativos fisicamente, baixo tempo de tela e valores elevados de circunferência abdominal. Apesar de serem um grupo com menor risco de desenvolvimento de doenças, 38% destes já foram diagnosticados com doença cardiometabólica.