Resumo

O objetivo do presente estudo foi investigar as diferenças motivacionais entre corredores de rua recreacionais e de elite. Foram recrutados 97 corredores de rua (sendo 64 do sexo masculino), subdivido em dois grupos, elite (E) (tempo em corridas oficiais de 10km igual ou inferior a 32 minutos para os voluntários do sexo masculino e igual ou inferior a 37 minutos para as voluntárias do sexo feminino) e recreacionais (R) (treinavam pelo menos três vezes por semana e que competiam pelo menos em provas regionais). Para investigar a teoria da Autodeterminação foi utilizado o Sport Motivation Scale (SMS). Os corredores de elite são mais motivados, tanto intrinsecamente (E: 17,98±2,40; R: 16,86±2,58; p=0,04) quanto extrinsecamente (E: 16,18±2,81; R: 14,53±3,35; p=0,01), contudo, em ambos os grupos a motivação intrínseca é maior do que a extrínseca (p=0,01). E ainda a motivação intrínseca para conhecer (p=0,01), a motivação extrínseca identificada (p=0,05) e a motivação extrínseca regulada externa (p=0,01) foi maior nos atletas de elite. Concluímos que as motivações intrínsecas são elevadas em ambos os grupos, o que possivelmente pode favorecer a manutenção desses atletas no processo de treino e competição, no entanto, provavelmente por questões de alta competitividade, a motivação extrínseca foi elevada nos atletas de elite.

REFERÊNCIAS

Federação Paulista de Atletismo. Corrida de rua: estatística 2016. Disponível em: http://www.atletismofpa.org.br/estatistica-2016.html,67. Acesso em: 30 maio 2020.

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