Periodização em Elíptico e Musculação: Estudo de Caso Envolvendo Paciente Hiv/aids
Por Adriano Lopes Lemos (Autor), Eric Rangel de Sousa Pereira (Autor), Ludymyla Pinheiro dos Santos (Autor), Mardson Danilo Sousa de Lima (Autor), Tomé Edson dos Reis Moda (Autor), Luiz Fernando Gouvêa-e-silva (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A maior longevidade aos pacientes HIV/Aids, promovida pelos antirretrovirais, ocasionou o aparecimento de doenças crônico-degenerativas que podem ser minimizadas pelas diversas formas de prescrição de exercício físico, em especial, pelo treinamento concorrente. Objetivo: Analisar o efeito do treinamento concorrente nas variáveis da composição corporal, das capacidades motoras e da qualidade de vida de uma paciente infectada pelo HIV/Aids. Materiais e Métodos: A amostra foi constituída por uma participante do gênero feminino, com idade de 44 anos, diagnosticada com HIV/Aids e sob uso da terapia antirretroviral (TARV). O programa de treinamento teve duração de 12 semanas, envolvendo atividades no aparelho elíptico (25 minutos de atividade intervalada) e na musculação (periodização ondulatória). A participante foi avaliada pré e pós-treinamento quanto a composição corporal (massa corporal, estatura, índice de massa corporal, percentual de gordura, massa magra e gorda, dobras cutâneas e circunferências), força muscular (teste de 2 a 10 repetições máximas), flexibilidade (sentar-e-alcançar), potência aeróbia (teste progressivo submáximo) e qualidade de vida (HIV/AIDS – Targeted Quality of Life Instrument). A dados foram tabulados e analisador por estatística descritiva, com o auxílio do programa BioEstat 5.0. Resultados: Os domínios da qualidade de vida relacionados à função geral (30,7%), da preocupação financeira (100%) e aceitação com o HIV (33,3%) apresentaram melhora e todas as dobras cutâneas analisadas aumentaram com o treinamento. A Tabela 1 apresenta os resultados referentes à composição corporal, força muscular, flexibilidade, taxa metabólica basal e potência aeróbia pré e pós-treinamento. Conclusão: Conclui-se que a periodização prescrita para a paciente HIV/Aids não ocasionou prejuízos, mas sim, melhora na força muscular, flexibilidade e qualidade de vida. Além do mais, pelo estudo não contar com um acompanhamento nutricional, não foi possível identificar resultados positivos para as variáveis da composição corporal avaliados.