Permanência de Idosos em Um Programa Comunitário de Atividade Física e Fatores Associados
Por Cristiane Kelly Aquino dos Santos (Autor), Glauber Rocha Monteiro (Autor), Josiene de Oliveira Couto (Autor), Roberto Jerônimo dos Santos Silva (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 10, n 2, 2017. Da página 1 a 10
Resumo
A matrícula ou inserção de idosos em Programas Comunitários de Atividade Física não garante sua permanência ao longo do tempo. Objetivou-se analisar o tempo de permanência em idosos participantes de um Programa Comunitário de Atividade Física e seus fatores associados. Estudo observacional epidemiológico de coorte retrospectiva, realizado no Nordeste do Brasil, com amostra de 526 idosos (477 do sexo feminino), apresentando 66,4 ± 5,4 anos. Para caracterização do perfil e permanência da amostra foi utilizado estatística descritiva. Para analisar o tempo de permanência utilizou-se o estimador de sobrevivência não paramétrico Kaplan-Meier. Para verificar a associação entre as variáveis no tempo observado foi aplicado o modelo de regressão de Cox. Utilizou-se a análise inversa (1/OR) para facilitar a compreensão dos valores significativos quando necessário. Em todas as análises foi utilizado o intervalo de confiança de 95% e p≤0,05. Os primeiros três meses apresentaram uma taxa de permanência de 58,1% (IC95% = 54,6 – 61,3), com Estimativa de Risco = 41,82%. O sexo feminino apresentou chance de permanência de 45% (OR = 0,69; IC95% = 0,51 – 0,93) e os sujeitos identificados com osteoporose apresentaram 32% mais chances de permanência (OR = 0,74; IC95% = 0,60 – 0,91). Apenas 1% dos sujeitos permaneceram até o fim da coorte. A taxa de permanência foi baixa ao longo da série; O período onde houve maior desistência foi o 3º e o 12º mês, estando associados à permanência o sexo feminino e osteoporose não diagnosticada.