Resumo

A doença arterial periférica (DAP) é uma doença aterosclerótica que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo, causando dor nas pernas durante a caminhada1 . O exercício, especialmente a caminhada, é recomendado como parte do tratamento para pacientes com DAP, mas a dor durante o exercício é uma barreira para a adesão2 . Uma estratégia que tem emergido é o exercício autosselecionado, onde o paciente tem a liberdade de escolher as condições para a prática, o que pode aumentar o prazer3,4 durante o exercício e minimizar a dor. OBJETIVO: Comparar os protocolos de exercício, respostas perceptivas e afetivas entre a prescrição recomendada pelas diretrizes (PRD) e a prescrição autosselecionada (PA) em pacientes com DAP. MÉTODOS: Vinte participantes (69±1 anos) de ambos os sexos realizaram aleatoriamente duas sessões experimentais (30 minutos de caminhada na esteira), sendo: PRD (3-5 minutos de caminhada com percepção moderada de dor) e PA (intensidade, duração das séries e intervalos à escolha do paciente). As respostas de percepção subjetiva de esforço (PSE), dor e resposta afetiva (RA) foram monitorados, a cada cinco minutos com o paciente ainda em exercício. A normalidade da distribuição dos dados foi confirmada pelo teste de Shapiro-Wilk. Os dados são apresentados como média e desvio-padrão. Um teste t de Student pareado foi usado para comparar os dados entre as sessões. A correlação de Spearman foi usada para examinar a relação entre a PSE, dor percebida e RA durante as sessões. A significância estatística foi estabelecida em p0,050). A PSE correlacionou positivamente com a percepção de dor em ambas as sessões de exercício (PRD: r=0,655; P=0,002 e PA: r=0,667; p=0,003). Não houve correlação entre a PSE e a RA (p>0,050). CONCLUSÃO: Participantes com DAP preferem realizar poucas séries com maior duração em velocidade de caminhada mais lenta quando comparada a PRD.

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