Permitindo a escolha! como os participantes com doença arterial periférica preferem realizar uma sessão de exercícios?
Por Max Duarte de Oliveira (Autor), Hélcio Kanegusuku (Autor), Deivide Rafael Gomes de Faria (Autor), Nelson Wolosker (Autor), Marilia de Almeida Correia (Autor), Raphael Mendes Ritti-Dias (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A doença arterial periférica (DAP) é uma doença aterosclerótica que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo, causando dor nas pernas durante a caminhada1 . O exercício, especialmente a caminhada, é recomendado como parte do tratamento para pacientes com DAP, mas a dor durante o exercício é uma barreira para a adesão2 . Uma estratégia que tem emergido é o exercício autosselecionado, onde o paciente tem a liberdade de escolher as condições para a prática, o que pode aumentar o prazer3,4 durante o exercício e minimizar a dor. OBJETIVO: Comparar os protocolos de exercício, respostas perceptivas e afetivas entre a prescrição recomendada pelas diretrizes (PRD) e a prescrição autosselecionada (PA) em pacientes com DAP. MÉTODOS: Vinte participantes (69±1 anos) de ambos os sexos realizaram aleatoriamente duas sessões experimentais (30 minutos de caminhada na esteira), sendo: PRD (3-5 minutos de caminhada com percepção moderada de dor) e PA (intensidade, duração das séries e intervalos à escolha do paciente). As respostas de percepção subjetiva de esforço (PSE), dor e resposta afetiva (RA) foram monitorados, a cada cinco minutos com o paciente ainda em exercício. A normalidade da distribuição dos dados foi confirmada pelo teste de Shapiro-Wilk. Os dados são apresentados como média e desvio-padrão. Um teste t de Student pareado foi usado para comparar os dados entre as sessões. A correlação de Spearman foi usada para examinar a relação entre a PSE, dor percebida e RA durante as sessões. A significância estatística foi estabelecida em p0,050). A PSE correlacionou positivamente com a percepção de dor em ambas as sessões de exercício (PRD: r=0,655; P=0,002 e PA: r=0,667; p=0,003). Não houve correlação entre a PSE e a RA (p>0,050). CONCLUSÃO: Participantes com DAP preferem realizar poucas séries com maior duração em velocidade de caminhada mais lenta quando comparada a PRD.