Perspectivas de Acadêmicos Concluintes Sobre Atividades de Aventura nas Aulas de Educação Física Escolar
Por Fanny Cacilie Gauna de Siqueira (Autor), Giovana Rastelli de Siqueira (Autor), Alcyane Marinho (Autor).
Resumo
Na universidade federal, campo desta pesquisa, o curso de Licenciatura em Educação Física consta em seu currículo a disciplina obrigatória Teoria e Metodologia dos Esportes de Aventura oferecida a partir do 5º semestre. Sua ementa prevê tratar de conteúdos, como: atividades físicas na natureza, de aventura e de equilíbrio na educação ambiental; classificação e perspectivas de intervenção; fundamentação básica e vivência prática de diferentes atividades físicas ao ar livre; prática pedagógica. Este estudo tem como objetivo analisar as perspectivas de acadêmicos concluintes deste curso a respeito do ensino de atividades de aventura no âmbito escolar. Participaram deste estudo cinco estudantes, com média de idade ± 23 anos, sendo 3 homens e 2 mulheres. Ao serem questionados sobre o desenvolvimento de atividades de aventura como conteúdo nas aulas de Educação Infantil, todos os participantes responderam que é interessante, possível e importante, destacando aspectos como: diferenciadas possibilidades que o curso proporciona e a relevância do apoio das instituições. Tratando-se do Ensino Fundamental, os acadêmicos acreditam que possa ser extrapolado o espaço formal da escola para proporcionar vivências na natureza, além de tratar da Educação Ambiental. Em relação ao Ensino Médio, os participantes acreditam que, pela faixa etária dos alunos, pode-se desenvolver de forma mais contundente o senso de criticidade, além de os alunos estarem mais aptos e interessados para encarar desafios e riscos proporcionados por este tipo de atividade. Durante a formação acadêmica, todos os participantes cursaram disciplina específica sobre atividades de aventura. 2 acadêmicos tiveram alguma vivência deste teor em demais disciplinas. Nos estágios supervisionados obrigatórios, 3 estudantes lecionaram para a Educação Infantil conteúdos relacionados às atividades de aventura, sendo: atividades aquáticas; sandboard; slackline; surfe; e simulação de salto de paraquedas. Fora do contexto de estágio, os participantes não ministraram atividades de aventura. Um acadêmico nunca praticou atividades de aventura, 2 praticam eventualmente e 2 praticam regularmente as atividades: slackline, trilha, stand up paddle, surfe, mountain bike, sandboard, skate. Ao se tratar de atividades físicas convencionais, 4 acadêmicos alegaram praticar regularmente: corrida, futebol, futsal, musculação, treinamento funcional, voleibol. Conclui-se que as perspectivas dos acadêmicos são positivas a respeito do ensino de atividades de aventura no âmbito escolar, vislumbrando diferentes possibilidades de conteúdos dependendo do nível de ensino e a importância destas atividades na relação com a natureza, bem como a oportunidade de extrapolar os espaços convencionais das aulas de Educação Física.