Pesquisar na final do campeonato mundial de parapente de 2016 em governador valadares: reflexões metodológicas
Por Marília Martins Bandeira (Autor), Raquel de Magalhães Borges (Autor).
Resumo
A Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL) confirmou à Governador Valadares o título, autopromovido, de Capital Mundial do Voo Livre. Alguns aspectos fazem da cidade local muito adequado para o voo livre, são eles: a conformação geográfica propícia para decolagem da Ibituruna, montanha de 1123 metros de altitude, emoldurada pelo Rio Doce, no entorno dos quais a cidade se conformou; as condições climáticas da região com muito ar quente e seco na maior parte do ano, que permite voos frequentes e de longa distância; disponibilidade de uma área de pouso no centro da cidade, mantida por mutirões de pilotos, com rápido acesso à pé a hotéis; a proximidade do centro da cidade ao pico da montanha, que permite encaixar voos em dias úteis e em agendas de trabalho convencionais, a existência de empresas especializadas em suporte para a decolagem e resgate de pilotos e de duas associações de pilotos que se articulam para atender praticantes vindos de outras localidades e iniciação de futuros pilotos. Para além da inclusão constante de GV, como apelidaram seus residentes, na agenda de campeonatos regionais e nacionais, qualquer um que frequente a cidade pode testemunhar o grande fluxo de pilotos pelo centro, com seus parapentes em grandes mochilas, ou asas deltas nos tetos dos carros. O voo livre compreende estas duas modalidades, entretanto, desde a criação do parapente, pela facilidade de transporte do equipamento em seu formato compactado de mochila, ele tem superado a asa delta em número de adeptos.