Resumo

O presente artigo trata da descrição analítica do programa de intervenção Comunidade Ativa no semi-árido baiano, a partir da realização dos processos de capacitação de Fóruns dos municípios integrantes do Programa Faz Cidadão. Objetivamos, com este estudo, discutir a proposta metodológica do trabalho, a operacionalização do Programa e a sobrevivência dos Fóruns locais dentro dos princípios conceituais de sustentabilidade. Tais programas governamentais pretendem estimular a constituição e capacitação de espaços de locução e negociação (Fóruns), representativos de comunidades com baixo IDH, que possam contemplar peculiaridades locais, na construção de processos educacionais emancipatórios para o Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (DLIS). Apesar desta clareza de propósitos, nem sempre ocorre uma sinergia nas ações das esferas do poder público e da comunidade. A estratégia política e educacional do planejamento participativo deve, portanto, ser pensada e construída de modo a articular, efetivamente, as ações dos diferentes parceiros. As potencialidades de transformação de tais processos de intervenção são tão significativas quanto os problemas que devem enfrentar. O não enfrentamento das dificuldades pode, na ação de qualquer um dos parceiros, inocente ou intencionalmente, significar a manutenção do status quo através de uma proposta de transformação.