Resumo

A gigantesca flora mundial apresenta inúmeras espécies de plantas medicinais, onde uma parcela substancial é de origem brasileira. Os usos terapêuticos destas plantas são conhecidos e explorados desde os tempos mais remotos. Dentro deste universo de espécies, a maioria com princípios ativos importantes, responsáveis pela cura de inúmeras doenças, são empregados na indústria farmacêutica. No entanto são poucas as espécies cientificamente investigadas, comparadas ao rol existente. No presente trabalho foram pesquisadas 50 espécies de plantas com propriedades medicinais, das quais, dez, foram selecionadas a fim de aprofundar os estudos de uso popular. Dentre os usos mais comuns estão: ação antiinflamatória de cava-cava (Piper methysticum Forst. – PIPERACEAE), tabaco (Nicotiana tabacum L. - SOLANACEAE), páprica (Capsicum annuum L. – SOLANACEAE), cidra (Citrus medica L. – RUTACEAE) e hamamélis (Hamamelis virginiana L. – HAMAMELIDACEAE); ação analgésica de marapuama (Ptychopetalum olacoides Benth. – OLEACEAE), jaborandi (Pilocarpus microphyllus Stapf. – RUTACEAE) e guiné (Petiveria alliacea L. – PHYTOLACCACEAE); ação digestiva de guaçatonga (Casearia sylvestris Sw. – FLACOURTIACEAE) e tomilho (Thymus vulgaris L. - LAMIACEAE (LABIATAE). Enfim, pode-se perceber que as plantas são empregadas no tratamento de várias afecções, mas é necessário que se faça o uso prudente para evitar possíveis intoxicações.