Resumo

Nosso objetivo foi comparar os níveis de potência e assimetria propulsiva em usuários de cadeiras de rodas praticantes de basquetebol e seus congêneres não praticantes da modalidade. Trinta e quatro sujeitos (17 por grupo) foram recrutados de maneira voluntária. Os sujeitos foram testados no dinamômetro compacto para cadeiras de rodas, construído e validado por pesquisadores da Universidade de Pernambuco. O equipamento consiste em dois kits com dois cilindros cada (um kit por roda) em que a cadeira é colocada para movimentação estacionária, instrumentados com sensores magnéticos de rotação. O protocolo consistiu na realização de um sprint (20 segundos) por meio da técnica de propulsão síncrona. Utilizaram-se cadeiras de rodas esportivas padronizadas para ambos grupos. Analisou-se a potência máxima atingida em 20s, a potência máxima atingida do lado direito, do lado esquerdo e a diferença percentual entre ambos os lados por meio da equação: [(potência máxima – potência mínima)/potência máxima]*100. Nas análises utilizamos o teste t para amostras independentes. Cem por cento da amostra apresentou dominância destra. O grupo basquete apresentou média de 10 anos de treinamento da modalidade. Não foram observadas diferenças entre os grupos na potência máxima (0,56 contra 0,58W), potência direita (0,49 contra 0,48W) e potência esquerda (0,53 contra 0,56W). Contudo, a assimetria propulsiva para praticantes de basquete foi menor em comparação aos não praticantes (9% contra 21%; p<0,05).Conclui-se que a prática esportiva do basquetebol pode contribuir para a simetria na produção de potência propulsiva em usuários de cadeiras de rodas, reduzindo a predisposição de lesões contralaterais.

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