Pode a Prática do Basquetebol Reduzir a Assimetria Propulsiva Contralateral de Usuários de Cadeiras de Rodas?
Por Saulo Fernandes Melo de Oliveira (Autor), Afonso Bione (Autor), Lúcia Inês Oliveira (Autor), Jorge Brito-gomes (Autor), Raphael Jose Perrier Melo (Autor), Tatiana Lins (Autor), Fabíola Albuquerque (Autor), Marcelle Martins (Autor), Thiago Silva (Autor), Aline Almeida (Autor), Keila Costa (Autor), Renato de Moraes (Autor), Manoel da Cunha Costa (Autor).
Em XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Nosso objetivo foi comparar os níveis de potência e assimetria propulsiva em usuários de cadeiras de rodas praticantes de basquetebol e seus congêneres não praticantes da modalidade. Trinta e quatro sujeitos (17 por grupo) foram recrutados de maneira voluntária. Os sujeitos foram testados no dinamômetro compacto para cadeiras de rodas, construído e validado por pesquisadores da Universidade de Pernambuco. O equipamento consiste em dois kits com dois cilindros cada (um kit por roda) em que a cadeira é colocada para movimentação estacionária, instrumentados com sensores magnéticos de rotação. O protocolo consistiu na realização de um sprint (20 segundos) por meio da técnica de propulsão síncrona. Utilizaram-se cadeiras de rodas esportivas padronizadas para ambos grupos. Analisou-se a potência máxima atingida em 20s, a potência máxima atingida do lado direito, do lado esquerdo e a diferença percentual entre ambos os lados por meio da equação: [(potência máxima – potência mínima)/potência máxima]*100. Nas análises utilizamos o teste t para amostras independentes. Cem por cento da amostra apresentou dominância destra. O grupo basquete apresentou média de 10 anos de treinamento da modalidade. Não foram observadas diferenças entre os grupos na potência máxima (0,56 contra 0,58W), potência direita (0,49 contra 0,48W) e potência esquerda (0,53 contra 0,56W). Contudo, a assimetria propulsiva para praticantes de basquete foi menor em comparação aos não praticantes (9% contra 21%; p<0,05).Conclui-se que a prática esportiva do basquetebol pode contribuir para a simetria na produção de potência propulsiva em usuários de cadeiras de rodas, reduzindo a predisposição de lesões contralaterais.