Resumo

Objetivo:

Estudos anteriores mostraram relações controvertidas entre os polimorfismos dos genes ACE e ACTN3 e desempenho esportivo. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi avaliar os indicadores de desempenho anaeróbico e aeróbico de jovens futebolistas do sexo feminino com diferentes perfis dos genes ACE/ACTN3.

Métodos:

Vinte e sete jogadoras com idade entre 16 e 18 anos realizaram testes de aceleração, velocidade, força, potência anaeróbica e resistência aeróbica e os polimorfismos de seus genes ACE e ACTN3 foram determinados.

Resultados:

Com base na análise genética, elas foram divididas nos seguintes grupos: ACE II (n = 2), ACE ID (n = 11), ACE DD (n = 14), ACTN3 XX (n = 5), ACTN3 RR (n = 7) e ACTN3 RX (n = 15). Os grupos ACE DD e ACE ID diferiram significativamente quanto aos resultados obtidos no sprint test de 5 metros (1,15 ± 0,05 s vs. 1,10 ± 0,05 s, P = 0,42). Os grupos ACTN3 RR e RX atingiram resultados melhores do que o grupo ACTN3 XX em sete saltos verticais contínuos (26,57 ± 1,59 cm vs. 25,77 ± 2,51 cm vs. 22,86 ± 1,16 cm, respectivamente; P = 0,007 para RR vs. XX e P = 0,021 para RX vs. XX).

Conclusão:

A alta prevalência de genótipos RX em ACE DD e ACTN3 em nossa amostra pode sugerir que as jovens atletas mais rápidas e com maior potência tendem a ter melhor desempenho no futebol. No entanto, a ausência de diferença na maioria dos resultados dos testes físicos indica que genótipos distintos são compatíveis com o desempenho futebolístico de alto nível, o que significa que é a interação fenótipo-genótipo que faz uma jogadora de futebol ser bem-sucedida. Nível de Evidência I, Estudos prognósticos – Investigação do efeito de característica de um paciente sobre o desfecho da doença.

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