Polimorfismos Genéticos em Ace/actn3 e Desempenho Atlético de Atletas de Futebol Feminino
Por Dejan Jeremic (Autor), Ivana Zivanovic Macuzic (Autor), Maja Vulovic (Autor), Jelena Stevanovic (Autor), Dragan Radovanovic (Autor), Vladimir Varjacic (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 1, 2019.
Resumo
Objetivo:
Estudos anteriores mostraram relações controvertidas entre os polimorfismos dos genes ACE e ACTN3 e desempenho esportivo. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi avaliar os indicadores de desempenho anaeróbico e aeróbico de jovens futebolistas do sexo feminino com diferentes perfis dos genes ACE/ACTN3.
Métodos:
Vinte e sete jogadoras com idade entre 16 e 18 anos realizaram testes de aceleração, velocidade, força, potência anaeróbica e resistência aeróbica e os polimorfismos de seus genes ACE e ACTN3 foram determinados.
Resultados:
Com base na análise genética, elas foram divididas nos seguintes grupos: ACE II (n = 2), ACE ID (n = 11), ACE DD (n = 14), ACTN3 XX (n = 5), ACTN3 RR (n = 7) e ACTN3 RX (n = 15). Os grupos ACE DD e ACE ID diferiram significativamente quanto aos resultados obtidos no sprint test de 5 metros (1,15 ± 0,05 s vs. 1,10 ± 0,05 s, P = 0,42). Os grupos ACTN3 RR e RX atingiram resultados melhores do que o grupo ACTN3 XX em sete saltos verticais contínuos (26,57 ± 1,59 cm vs. 25,77 ± 2,51 cm vs. 22,86 ± 1,16 cm, respectivamente; P = 0,007 para RR vs. XX e P = 0,021 para RX vs. XX).
Conclusão:
A alta prevalência de genótipos RX em ACE DD e ACTN3 em nossa amostra pode sugerir que as jovens atletas mais rápidas e com maior potência tendem a ter melhor desempenho no futebol. No entanto, a ausência de diferença na maioria dos resultados dos testes físicos indica que genótipos distintos são compatíveis com o desempenho futebolístico de alto nível, o que significa que é a interação fenótipo-genótipo que faz uma jogadora de futebol ser bem-sucedida. Nível de Evidência I, Estudos prognósticos – Investigação do efeito de característica de um paciente sobre o desfecho da doença.