Resumo

O artigo analisa as práticas para a produção da subjetividade docente divulgadas no discurso da mídia educativa brasileira sobre a educação escolar. Nesse discurso, divulga-se um currículo de formação docente que ensina às professoras o que devem ser e como devem proceder. O empreendimento analítico operado neste estudo – possibilitado pelo uso de ferramentas analíticas foucaultianas, tais como discurso, governo e subjetivação – consistiu em descrever e discutir como o currículo da mídia educativa opera, como ele objetiva e subjetiva. Defendo que a subjetividade demandada da professora no currículo midiático analisado é montada e regulada não por meio de uma imposição de práticas a serem seguidas, mas sim por meio da ativação nesse sujeito de motivações, desejos, esperanças e sonhos pessoais e profissionais, individuais e coletivos.