Políticas públicas de esporte e lazer para pessoa com deficiência no município de Belo Horizonte - Mg: desafios múltiplos para a garantia dos direitos
Por Luciana Assis Costa (Autor), Débora da Silva Oliveira (Autor), Isabella Carolina Silva Pereira (Autor), Marcelo de Melo Mendes (Autor), Leandro Alvarenga Oliveira (Autor).
Resumo
Apesar dos esforços e da influência política dos movimentos sociais em defesa da igualdade de direitos para pessoas com deficiência no Brasil e no mundo, bem como dos avanços legais alcançados nessa área, o Estado ainda não garante de forma equânime e abrangente os direitos a essas pessoas. Desde 1988, normas constitucionais, leis complementares, portarias e decretos que tratavam da inclusão social, foram regulamentados. Dentro deste contexto, diversas políticas setoriais foram desenvolvidas com a finalidade de ampliar os direitos sociais. Apesar dessa política de inclusão possuir uma natureza transversal, podendo ser presente em outros setores, a pesquisa se deteve exclusivamente a política de esporte e lazer. Neste contexto, é possível observar que o direito ao lazer obteve um avanço significativo a partir da década de 1990, com a implementação de políticas inclusivas importantes. Destacam-se o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (Brasil, 1990), a Política Nacional do Idoso (Brasil, 1994) e a Política Nacional da Pessoa com Deficiência (Brasil, 1999), que passaram a contemplar o lazer, visando garantir o acesso desse direito a todos e todas. sua efetivação como direito se dê de forma transversal e intersetorial, envolvendo várias políticas sociais. Assim, espera-se que as ações e programas de lazer que contemplem as pessoas com deficiência estejam presentes em mais de uma política, tais como na própria política de esporte e lazer, na cultura, na saúde, na assistência social, no turismo e em outros setores públicos.