Resumo

O presente estudo surgiu da seguinte inquietação: por que as políticas públicas para incentivo à atividade física para pessoas idosas não atingem seu público de forma abrangente? É consenso na literatura que o envelhecimento ativo e saudável perpassa o acesso a atividade física regular para garantir a manutenção da capacidade funcional e intrínseca bem como a  autonomia das pessoas idosas. O panorama brasileiro é de rápido envelhecimento populacional associado ainda a uma expressiva desigualdade social portanto é necessário a proposição de ações para mitigar os efeitos deste processo e propiciar um estilo de vida saudável em especial para a população de baixa renda. Objetivo: Analisar programas e projetos de atividade física para pessoas idosas, levando em consideração a implementação, aderência e desistência dos usuários. Metodologia: Este estudo caracteriza-se por ser uma revisão de literatura. Os termos de busca foram: [(políticas públicas) AND (atividade física) AND (pessoas idosas)]. As bases de dados foram: Periódicos Capes; Scielo e Lilacs. Os critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos 5 anos; artigos sobre análise de políticas públicas de atividade física para pessoas idosas; estudos epidemiológicos; estudos clínicos; estudos de revisão; estudos de caso; artigos disponíveis na íntegra e escritos em inglês, português e espanhol. Inicialmente foram encontrados 69 artigos. A leitura dos títulos e resumos, resultaram em 8 artigos selecionados. Após leitura na integra, foram inclusos 5 artigos para análise. Resultados: A partir dos estudos inclusos, foi observado a implementação dos programas de atividade física no Sistema Único de Saúde (SUS) em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Programa Academia da Saúde. Dentre os motivos para adesão por parte das pessoas idosas destacaram-se as preocupações com saúde, ordens médicas, diversão e prazer nas atividades. Dentre os motivos para abandono surgiram, dores musculares, questões familiares, horário das aulas, qualidade dos programas. Destacaram-se também o baixo conhecimento pelo público-alvo sobre os programas, dificuldades financeiras para funcionamento e expansão dos programas e carência de profissionais qualificados. Conclusão: É necessária a construção de uma proposta diretiva para programas e ações no âmbito das políticas públicas formando uma rede articulada entre os diferentes setores da administração pública. A democratização na utilização desses serviços entre a população estudada precisa ser fomentada a partir da descentralização dos programas de atividade física; a contratação de profissionais de Educação Física e a promoção da conscientização sobre a importância da atividade física regular para o envelhecimento ativo.

 

 

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