PolÍticas PÚblicas e Privadas Para a PrevenÇÃo e Atendimento À Velhice Fragilizada
Por João Batista Lima Filho (Autor).
Resumo
Apesar da expectativa de vida do brasileiro ser de 71,9 anos, tem em média apenas 56,6 anos de vida livre de “incapacidades”. Isso significa que, em 21,3% de seus últimos anos de vida, deve conviver com alguma limitação física ou doença crônica. Esses dados levam a concluir que há necessidade urgente de prevenção e atenção à velhice fragilizada. A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, recém-lançada, demonstra essa intenção ao propor trabalhar com dois grandes eixos: os independentes e os frágeis. Também é proposta da Política a intersetorialidade, sendo um dos principais parceiros a Pastoral da Pessoa Idosa, cuja ação principal é a visita domiciliar mensal. Os líderes da Pastoral realizam trabalho voluntário de prevenção e promoção de saúde, e seu sistema de informações, por meio de indicadores, registra 12,4 de dependência pela escala de Katz. Contribuem também para a edificação da dimensão espiritual do envelhecimento, necessária na condição de fragilidade. Há no Brasil, pelo SUS, internação para reabilitação sob cuidados prolongados. Mas existem poucas iniciativas. O autor propõe cinco direções: a criação da Coordenação Nacional da Política para Pessoas Idosas e do Fundo Nacional para as Pessoas Idosas; o cumprimento da Portaria Interministerial de 1999, que instituiu o Programa Nacional de Cuidadores de Idosos; a necessidade urgente de mobilização da sociedade civil; e manifestação ousada das pessoas idosas.