Resumo

Expandindo com pesquisa documental trabalho de campo com gravação de áudio, esse artigo articula concepções de violência, política e som, a fim de perceber como práticas sonoras torcedoras assumem caráter de distribuição e redistribuição de recursos materiais e simbólicos no futebol. O esporte é atravessado por disputas que envolvem torcidas, gestores de clubes, suas instituições organizadoras, entre outros, e por isso envolvem embates destes agentes uns contra os outros. O som das práticas torcedoras é um mediador dessas lutas, pois é empregado por torcidas nas disputas pelo território das arquibancadas. Escutar a violência do som em seu caráter invasivo de força torna possível perceber disputas pouco abordadas na área no Brasil, como aquelas entre grupos torcedores adeptos do mesmo clube.

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