Por Uma Etnografia da Pelada: Descrição de Um Caso
Por Jorge Luiz Mattar Villela (Autor).
Em Pesquisa de Campo. Revista do Núcleo de Sociologia da UERJ, n 5, 1997. Da página 69 a 93
Resumo
Desde há muitas décadas e ao longo de todo o país a prática de um tipo de futebol informal' , com regras parti= mames e variáveis de lugar para lugar, é intensa no Brasil. Gramados, jardins públicos, praças, praias, ruas, campin,h0,5 de várzea e de futebol "so-ciiety", etc, são o palco destes jogos sem árbitros e fiscais-de-linha que se adequam às dimensões do "campo" de jogo. O número das jogadores também varia com o tamanho do terreno disponível. As "balizas", muitas vezes marcadas com pedras, tocos de madeiras ou mesmo chinelos não térn largura fixa e nem sempre são proporcionais ao comprimento e largura do campo. No caso da ausência de traves, a altura é imagináriae a bola chutada pelo alto que ultrapassa a linha ide gol é admitida corno válida ou não por um golpe de vista; a bola passa na altura do alcance do goleiro: é gol, Se passa mais acima foi chutada para fora. A etnografia destes jogos informais é algo que está por fazer. Propor h.o-me aqui a descrever um caso de futebol de pelada.