Editora Oficina do Livro. Portugal 2001. 247 páginas.

Sobre

O realizador António-Pedro Vasconcelos escreveu durante alguns anos crónicas sobre futebol nos jornais Record e O Independente. Reúne aqui 64 dessas crónicas onde fala do futebol com paixão, uma paixão que lhe vem desde muito cedo: " (Devo ao futebol) as melhores alegrias de menino, algumas das primeiras admirações de adolescente.(... Com ele) aprendi a decepção e o infortúnio, (e é a ele que ainda devo) a vibração da infância, a excitação da aventura, a experiência do fracasso, o convívio com a glória e a injustiça, o castigo e a recompensa."
Benfiquista que é, APV consagra ao seu clube um grande espaço, onde fala, sem papas na língua, da crise que atravessa e dos males que isso lhe causa (e ao país, já que mais de metade dos portugueses são benfiquistas). Mas fala também de Figo, Rui Costa, Octávio Machado, Oliveira, Cantona, Maradona... E convoca para a sua prosa actores como Marcello Mastroianni ou Gerad Dépardieu, cineastas como John Ford, escritores como Plutarco, Camilo ou Unamuno.

"Os textos seleccionados reflectem, acima de tudo, a paixão de um homem por um desporto e pelos seus intérpretes. Um homem que, provavelmente, e quase em jeito de represália, não trocaria uma entusiasmante partida de futebol pela voluptuosa companhia de uma mulher."
Jorge Miguel Matias, Público, "Mil Folhas"