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O Estadão publicou em 03.12.2023, o artigo “Dinastia dos Ph.Ds e mestrado profissional”, do pesquisador e educador Claudio de Moura Castro.
Autor de aproximadamente 30 livros e 250 artigos sobre Educação, Claudio de Moura Castro é economista, mestre pela Yale University e PhD pela Vanderbilt University. Lecionou na PUC-Rj, UNB, Chicado University, Universidade de Genebra (Suíça) e Universidade de Borgonha (França). Foi diretor da CAPES e coordenador técnico do ECIEL, projeto que pesquisa as políticas de Educação na América Latina. Como Assessor-Chefe para Educação do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. Castro tem uma visão privilegiada do que ocorre na Educação, em todo o mundo.
Em seu artigo, Claudio de Moura Castro faz um histórico das Universidades e da pós graduação no mundo, sua estruturação dos programas de mestrado e doutorado no Brasil com a escolha do modelo americano. Segundo o autor, essa foi uma das iniciativas mais bem-sucedidas na educação brasileira. Algumas décadas depois, de zero, nos tornamos o 13º país que mais publica nos periódicos científicos de primeira linha.
Para Castro, com a evolução da economia , aflorou uma demanda por cursos nas áreas profissionais. Porém, à força, os novos mestrados foram submetidos aos critérios das ciências, e não àqueles da sua essência, que é a aplicação. Isso trouxe uma horrenda distorção em todos os mestrados em áreas aplicadas.
Castro critica, também, a criação dos “mestrados profissionais”, pois, segundo o autor, se é mestre é profissional. Faz crítica, também, à exigência de professores doutores de tempo integral (portanto, muitos sem experiência), zero valorização da competência prática, intermináveis trabalhos escritos (inexistentes nos mestrados americanos), e por aí vai.
Em seu artigo, Castro ressalta que há uma retranca intransponível. Capes e CNPq tornaram-se casamatas dos milhares de Ph.Ds. que lá trabalham ou servem como poderosos consultores. Parece haver uma “dinastia de Ph.Ds”, entrincheirada nos comitês da Capes e travando os avanços.