Resumo

Através da história, tanto a humanidade em geral como homens de espírito aventureiro, buscaram descobrir nas profundezas dos oceanos o sentimento que o mar exerce sobre cada um e sobre a espécie em geral. Este estudo se propôs, verificar variáveis fisiológicas. Na literatura sobre, levantaram-se vários tratados especificando as reações e adaptações tanto fisiológicas quanto comportamentais, ocorridas no organismo durante o mergulho. A pesquisa desenvolveu-se no modelo Survey, onde participaram mergulhadores da "Marinha do Brasil", do sexo masculino, praticantes de atividades físicas, num total de 9, com média da idade de x=28 ± 4,3 anos, peso 76,7 ± 8,32 Kg e estatura 173,8 ± 6,33 cm. Todos foram submetidos à avaliação das variáveis fisiológicas, ao nível do mar (ambiente normobárico -1 atm) e aos 18 metros de profundidade (ambiente hiperbárico - 2,8 ata), pressurizados em câmara hiperbárica. A amostra foi homogeneizada através do cálculo de percentual de gordura, da perimetria e testes neuromotores de performance. Afreqüência cardíaca (bpm) - (1 atm = 171 ± 10,9; 2,8 ata = 164 ± 11,2), p=0,1468 > 0,05, denota não existir diferença significativa entre os ambientes verificados. O consumo máximo de oxigênio (V02 max) - (1 atm =46,7 ± 4,34; 2,8 ata = 39 ± 4,35), p = 0,00013 < 0,05, e a capacidade vital (ml) - (1 atm = 4739 ± 304,9; 2,8 ata = 4644 ± 332,1), p = 0,00126 < 0,05, denotam existir diferenças significativas entre os ambientes. Através dos dados obtidos, conclui-se que o ambiente pode influenciar diretamente o consumo de oxigênio e a capacidade vital. Quanto a freqüência cardíaca, constatou-se influência direta provocada pela intensidade e duração do esforço independente do ambiente. Isto comprova a importância de criar programas de treinamento físico adequados aos mergulhadores com ênfase a  fisiologia do exercício hiperbárica.