Potencial Anti-inflamatório do óleo de Rã-touro Puro e em Microemulsão em Lesão Muscular.
Por André Luiz Silva Davim (Autor), Tereza Neuma de Castro Dantas (Autor), Diego Filgueira Albuquerque (Autor), Márcia Rodrigues Pereira (Autor), Laíse Beatriz Trindade da Silva Queiroz (Autor), Leandro Moura de Freitas (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 23, n 3, 2017.
Resumo
Introdução: Todos os dias, a ciência busca novas formas de tratar diversas doenças por meio de fármacos que sejam eficientes e viáveis. Desse modo, as alternativas terapêuticas que atendam tal demanda são alvos de estudo. As microemulsões são uma dessas novas alternativas, em razão de suas características farmacodinâmicas e farmacocinéticas peculiares. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o potencial anti-inflamatório do óleo de rã-touro puro e em microemulsão usando um modelo experimental de lesão muscular. Métodos: Foram utilizados camundongos machos da linhagem Swiss, divididos em três grupos: controle, microemulsão e óleo de rã-touro puro. Após o pré-tratamento, induziu-se uma lesão muscular na perna dos animais e, em seguida, foram realizadas avaliações da extensão horizontal do edema e comparadas entre os grupos em tempos predeterminados. Depois da avaliação da lesão muscular, realizou-se a dissecção dos músculos gastrocnêmios direitos para análise histológica. Resultados: A microemulsão e o óleo de rã-touro puro apresentaram boa atividade anti-inflamatória, atuando de forma semelhante na redução do edema durante as primeiras duas horas, porém sem significância estatística da 3ª até a 24ª hora depois da indução. Nas análises histológicas, observou-se que no tecido muscular dos animais tratados com a microemulsão houve discreta presença de infiltrado celular e pouco desgaste das fibras musculares quando comparado com o tecido muscular dos animais tratados com o óleo de rã-touro puro. A análise histológica do tecido hepático mostrou sinais de lesão nos lobos hepáticos dos animais do grupo óleo de rã-touro puro, não observada nos animais do grupo microemulsão. Conclusão: A microemulsão apresentou bom potencial anti-inflamatório na fase aguda da resposta inflamatória, atenuando a formação de edema e preservando o tecido muscular contra a ocorrência de lesões e sem indução de lesão no tecido hepático.