Resumo

28/03/2007
Curitiba foi reconhecida como cidade planejada a partir da década de 70. Ao lado da administração técnica, de responsabilidade de um grupo de gestores, várias transformações aconteceram. Em função da mudança no sistema de transporte coletivo, no desenho da cidade, e buscando a preservação das áreas verdes como parâmetros para melhorar a qualidade de vida dos habitantes, procurou-se estabelecer uma relação de identidade da população com a cidade, seus espaços e símbolos, criando um laço afetivo fortemente baseado na melhoria da condição de vida de uma cidade. Neste caso, as transformações das cidades, como Curitiba, mostram um panorama que permite uma reflexão: nestes espaços criados, como as Praças de Curitiba, quais as experiências no âmbito do esporte e do lazer, possibilitadas aos seus usuários? As Praças são espaços criados para o convívio das pessoas, portanto esta questão se justificou, pelo rico potencial que as praças podem oferecer a estas experiências e para os grupos sociais. As análises das relações e das práticas vivenciadas nestes ambientes podem representar uma contribuição para que outras atividades e novas experiências aconteçam. Portanto, tivemos como objetivo principal para este estudo, analisar algumas praças, da cidade de Curitiba, enquanto espaços de realização das experiências no âmbito do esporte e do lazer, através dos objetivos específicos que foram: mapear algumas praças e os equipamentos destas, destinados às práticas no âmbito do esporte e do lazer da cidade de Curitiba; identificar quais as práticas no âmbito do esporte e do lazer que se efetivam nestas praças; investigar as formas de usos e de apropriação da Praça Afonso Botelho, verificando como se dá a organização dos grupos sociais nesta praça. Esta pesquisa foi realizada com uma abordagem qualitativa, inspirada na etnografia, seguindo como referencial, o modelo de análise cultural de Geertz (1989), desenvolvendo uma “descrição densa”, das observações do cotidiano. Encontramos relações significativas da aproximação dos usuários com as praças, com as experiências no âmbito do esporte e do lazer, além da relação com outros usuários, propiciando o surgimento de grupos, que denominamos de bloco, vitrine e passarela

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