Resumo

Introdução:A adoção de um estilo de vida ativo tem sido amplamente recomendada.
Porém, os critérios para classificar um indivíduo como ativo ou não variam
consideravelmente na literatura. Além disso, poucos dados existem sobre as
características da prática de atividades físicas (AF) em populações brasileiras específicas,
bem como sobre a influência do gênero e sexo nessas características. Assim, este
estudo propôs avaliar a prevalência de pessoas ativas e as características da prática de
AF em freqüentadores do Parque Maria Angélica da cidade de São Pedro (SP),
comparando diferentes gêneros e faixas etárias. Materiais e Métodos: Foram avaliados
141 indivíduos (68% mulheres, 48±17 anos) por um questionário sobre a prática de
AF de lazer (tipo, freqüência e intensidade). Os dados foram comparados entre
homens e mulheres e entre as idades (20-40, 41-60 e +60 anos) pelo teste de quiquadrado. Resultados: Considerando-se o critério de prática mínima: a) 30 min/sem
de AF, 51% da amostra era ativa. Porém, considerando-se critérios de prática adequada
à saúde: b) 5 vezes/sem de 30 min, c) 150 min/sem, ou d) 150 min/sem de atividade
moderada e/ou 60 min/sem de atividade vigorosa, as prevalências foram de 21%,
37% e 29%, respectivamente. Não houve diferença nessas prevalências entre os
sexos, porém elas aumentaram com a idade. Em relação ao tipo de AF, 86% da
amostra faziam atividades aeróbias, sendo a caminhada a mais prevalente. A
prevalência de combinação de atividades aeróbias e mistas foi maior nas mulheres,
assim como a prática de outras atividades que não a caminhada. A maior parte da
amostra realizava atividades moderadas (64%), com duração maior que 30 min
(90%) e freqüência maior que 3 vezes/sem (80%). A intensidade e a freqüência
aumentaram com a idade. Conclusões:A população avaliada apresentou prevalências
de pessoas ativas bastante elevadas, mas que diferiram de acordo com o critério
utilizado. A maioria das pessoas participava de atividades aeróbias com intensidade
moderada, longa duração e freqüência semanal alta. Os homens e mulheres difeririam,
principalmente, em relação ao tipo de AF praticada, que eram mais diversas nas
mulheres. Os indivíduos mais velhos se mostraram mais ativos e praticavam atividades
mais intensas e freqüentes. Os resultados deste estudo devem ser avaliados levandose em conta o fato da amostra estudada ser de freqüentadores de um parque público.
Apoio: Empresa Júnior EEFEUSP, CCS-USP.

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