Prática de Atividade Física e o Estresse Psicossocial Frente Ao Adolescer: Uma Análise a Luz da Sociedade Moderna
Por Maritza Lordsleem Silva (Autor), Ameliane Leonidio (Autor), Clara Freitas (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 23, n 4, 2015. Da página 170 a 178
Resumo
A mudança abrupta da infância para a fase de preparação para tornar-se adulto, por si só, constitui um estressor e, estas alterações, ao ocorrerem numa sociedade onde prevalecem os excessos, o anseio por conquistas instantâneas e a volubilidade dos desejos, fez com que o ser humano esbarrasse nos seus próprios limites, experimentando altos níveis de tensão. O uso das atividades físicas como mecanismo para confrontar as consequências negativas do estresse é discutido com base nos benefícios dessas práticas presentes na literatura científica. Assim, o presente ensaio procurou refletir acerca do estresse psicossocial que acomete os indivíduos modernos, inclusive aqueles em idades mais precoces assim como as implicações e benefícios da prática de atividades físicas como estratégia de enfrentamento e redução do estresse. Para discussão foram construídas duas categorias: a primeira, A sociedade moderna na experiência do adolescer, que discute a adolescência na ótica das características da sociedade atual; e a segunda, Prática de atividade física: uma estratégia contra o estresse, que apresenta como esta prática pode influenciar na prevenção do estresse e redução deste e das suas consequências negativas. Pensar nesta temática permite compreender que o estresse psicossocial e a prática de atividades físicas estão ligados a valores sociais e emocionais. Desta forma, percebe-se que as emoções vivenciadas nas atividades físicas dão vazão às sensações estressantes do cotidiano e transformam as relações com o outro e com o mundo, modificando a forma de pensar, sentir e agir na sociedade.