Prática Deliberada de Atletas da Natação da Seleção Paralímpica Brasileira
Por Walkira Gomes de Moises (Autor), Ciro Winckler de Oliveira Filho (Autor).
Em Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada - SOBAMA v. 20, n 2, 2019.
Resumo
O acúmulo de horas despendidas na prática regular, de maneira intencional e com objetivos delineados caracteriza a prática deliberada, e os atletas da seleção paralímpica brasileira se enquadram nesse tipo de prática. OBJETIVO: analisar a prática deliberada dos nadadores da seleção paralímpica brasileira. MÉTODO: Este trabalho foi aprovado pelo CEP nº 116.075. A amostra foi composta por 20 nadadores sendo, 12 atletas homens e oito mulheres, idades de 25,6±7,7 anos, todos integrantes do Programa de Seleções da natação do Comitê Paralímpico Brasileiro. Foi utilizado para coleta do tempo de prática deliberada um questionário misto e a Tabela de Tanner para avaliar a maturação biológica secundária. A análise dos dados foi realizada de forma descritiva, de acordo com as divisões das perguntas, os resultados foram expressos de forma quantitativa, principalmente quanto às horas despendidas de prática deliberada. RESULTADOS: 18 atletas com deficiência física e dois com deficiência visual, na prática deliberada à média de horas acumuladas foram de 12.789 horas, e a mediana foi de 10.290 horas. A maturação biológica secundária foi de 16,41±1,31 anos para o gênero masculino e 12,75±2,25 anos para o gênero feminino. CONCLUSÃO: O acúmulo de horas em prática deliberada dos nadadores da seleção Paralímpica Brasileira é semelhante a outros atletas preditos na literatura. Relacionando a maturação biológica secundária com a prática deliberada dos nadadores, observou-se que estas coincidem, predizendo que, a fase de treinamento para a especialização dos atletas na natação paralímpica ocorre após ou dentro de certos marcadores biológicos da adolescência.