Práticas Corporais de Aventura na Escola: Possibilidades e Desafios
Por Talita Ferreira (Autor), éderson Andrade (Autor), Danielle Batista – (Autor), Adenilson Rodrigo Kempffer (Autor), Gean Carlos Albino (Autor), Joyce Hellen Santos Nascimento (Autor), Nathalia Dias Prezotto (Autor).
Resumo
Introdução. As Práticas Corporais de Aventura (PCAs), tradicionalmente pensadas para ambientes naturais, transformaram-se em possibilidade de vivência no ambiente escolar, nas aulas de Educação Física, inclusive como proposta em documentos oficiais como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Objetivo. Analisar a inserção e desenvolvimento de aulas (teórica e prática) sobre o conteúdo Práticas Corporais de Aventura para alunos do ensino fundamental de uma escola privada em Várzea Grande – MT. Metodologia. Uma abordagem qualitativa do tipo investigação-ação envolvendo um professor de Educação Física e 28 alunos do 8º e 9º ano do ensino fundamental. A pesquisa dividiu-se em quatro momentos na escola: uma entrevista diagnóstica com o professor, uma aula introdutória sobre as PCAs para os alunos, uma aula prática de Slackline e Parkour e uma aula para avaliação com roda de conversa e aplicação de questionário aberto para alunos. Após, realizou-se uma análise descritiva discutindo a fala do professor antes e depois da intervenção e uma categorização das respostas dos alunos, seguida de uma análise interpretativa - versão simplificada da análise do discurso. Resultados. O discurso do professor apresentou os seguintes motivos para não trabalhar com as PCAs na escola: insegurança no ensino das PCAs; falta de espaço e equipamentos apropriados; ausência do conteúdo na graduação e o fato de ser especialista em outras modalidades tradicionais. Na fala dos alunos, destacaram-se os seguintes motivos de interesse: possibilidade de criar estratégias diferentes em aula, sensações de prazer e bem-estar durante toda a prática, superação/ empoderamento e aproximação com um universo corporal que parecia possível somente nas mídias sociais. Conclusão: Mesmo com resultados positivos, a dimensão procedimental foi mais enfatizada pelos alunos e professor, o que nos faz repensar possibilidades de se trabalhar os aspectos conceituais e atitudinais para uma prática significativa e efetiva das PCAs na escola.