Práticas Extracurriculares no Ensino Médio Profissionalizante, no Setor de Esportes e Lazer, de Um Instituto Federal em Minas Gerais na Perspectiva de Seus Gestores

O Lazer advento da sociedade urbano-industrial se tornou uma preocupação social nas últimas décadas sendo considerado um direito social do cidadão brasileiro, inclusive sendo lembrado em legislações para a criança, o adolescente e a pessoa com deficiência. Há relatos sobre benefícios do lazer para a saúde, bem estar e qualidade de vida assim como de suas possibilidades educativas nas quais se podem vivenciar diversos papeis sociais. Programas extracurriculares relacionados ao lazer podem ser encontrados nos cursos profissionalizantes oferecidos por institutos federais, no entanto, pouco se sabe sobre a forma que são geridos estes programas. Este estudo investigou como se dá a gestão de atividades extracurriculares de lazer desenvolvidas em um Instituto Federal. Foi realizado com os quatro dirigentes da Instituição relacionados aos programas de atividades extracurriculares. Os dados foram coletados através de entrevistas com perguntas sobre a instituição, as práticas esportivas e de lazer e os profissionais que atuam com as atividades extracurriculares. Foi realizada a transcrição literal das entrevistas e o ajuste para a linguagem acadêmica. Percebe-se nas respostas dos gestores que eles não têm um conhecimento claro de como as atividades acontecem, nem detalhes dos profissionais contratados ou de como acontece o processo de contratação ou formação destes profissionais. Suas respostas convergem quando acreditam que as práticas de lazer na instituição ainda estão em estágio inicial, necessitam de maior apoio e incentivo por parte da instituição e de programas de educação e conscientização da comunidade. Não há avaliação sistematizada dos programas oferecidos. Há predomínio da visão funcionalista do lazer, que é oferecido para canalizar o tempo livre dos alunos. É perceptível que exista, ainda que de forma velada, a desvalorização do lúdico ante as atividades tidas como produtivas. Sugere-se que sejam feitos estudos que proponham formas de avaliação para o programa, assim como propostas de educação para o lazer na comunidade escolar, que possibilitem a valorização do tempo livre e vivencias de lazer que tragam descanso, divertimento e desenvolvimento pessoal e social