Resumo

O presente capítulo é resultado do Primeiro Ciclo de Formação do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte de São Paulo e, nesta conversa, o foco é a educação “física” na escola, como área de conhecimento e intervenção pedagógica que se apresenta, aqui, pré-ocupada com o desenvolvimento das negritudes. A existência, experiência do conhecimento significativo, é movimentada por pré-ocupações apresentadas pela “dodiscência” (FREIRE, 2011) nas aulas de educação física; conhecimentos que se tornam próprios aos corpos, pois atendem ao processo de “tornar-se negro”, desafiando a realidade escolar, pois o novo tempo se apresenta como utopia da libertação quilombista. É o horizonte de projeto/proposta de uma educação que aceita e assume os reais interesses das multidões negras deste país. Em que momento na história da educação as negritudes serão prioridade na escola, em especial, na educação física escolar? Quais são as pré-ocupações para a afirmação das negritudes na educação física escolar? Em que medida a educação física se apropria das políticas de resistência para compreender como as populações negras e pobres (e suas diferenças) resistem ao padrão de podersaber-ser? São questões complexas (dentre outraspossíveis), que inauguram novos tempos na área, uma vez que a “educação das/para as relações étnico-raciais” e/ou “educação antirracista” estão no projeto de direitos humanos na escola, especificamente, como tema; e tal entendimento já evidenciou a manutenção das configurações de poder.

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