Resumo

O objetivo deste estudo foi determinar a precisão do método BIA na avaliação da composição corporal em 95 mulheres brasileiras pós-menopausa (62,27 ± 7,69 anos).O método de Bioimpedância (BIA) vem sendo bastante usado por ser um método relativamente barato, rápido e não invasivo (LUKASKI, 1987). No entanto, a validade deste método nunca foi testada em mulheres brasileiras idosas. Além disto, CHUMLEA & BAUMGARTNER (1989) não recomendam o uso da pesagem hidrostática em idosos. Sendo assim, o DXA (DPX-IQ, Versão 4,6 A) foi usado para a obtenção da gordura relativa (%G) e da massa livre de gordura (MLG) de referência. A resistência corporal total foi medida com o modelo RJL. Foram analisadas a equação específica para idosos de LOHMAN (1992) e as equações específicas de gordura (obeso ³ 30%G e não obesos < 30%G) de SEGAL et al. (1988). Os resultados encontrados foram: Equação Média MLG(kg) r EC (kg) t EPE (Kg) ,DXA 37,65 BIALohman(1992) 38,27 0,88 - 0,63 -3,04** 2,01 ,BIASegal (1988) 37,24 0,87 0,40 1,77 2,11* p < 0,05 ** p < 0,01; Onde EC = Erro Constante, r = Coeficiente de Correlação e EPE= Erro Padrão de Estimativa , A equação de BIA de LOHMAN et al. (1992) apresentou um bom coeficiente de validade (r = 0,88), um excelente erro padrão de estimativa (EPE = 2,01 kg). Entretanto, superestimou de forma significativa a MLG da amostra estudada (EC = - 0,63 kg). Já, as equações de BIA de SEGAL et al. (1988) estimaram de forma precisa a MLG da amostra estudada (EC = 0,40 kg) e apresentaram um EPE aceitável (EPE = 2,11). Com base nesses resultados, pode-se recomendar aos profissionais de educação física, endocrinologistas e nutricionistas o uso do método de BIA na estimativa da composição corporal de mulheres brasileiras pós-menopausa.

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