Predição do índice de Massa Corporal em Crianças Através das Dobras Cutâneas
Por Teresa Maria Bianchini de Quadros (Autor), Rosane Carla Rosendo da Silva (Autor), Cândido Simões Pires Neto (Autor), Alex Pinheiro Gordia (Autor), Wagner de Campos (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 10, n 3, 2008. Da página 243 a -
Resumo
O objetivo do presente estudo foi identificar as dobras cutâneas que melhor predizem o Índice de Massa Corporal em crianças de 6 a 10 anos de idade. Participaram desta investigação 188 escolares da rede particular de ensino do município de Ponta Grossa, Paraná, sendo 99 meninos e 89 meninas. Foram realizadas avaliações antropométricas da massa corporal (MC, kg) e estatura (EST, cm), para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC, kg.m-2), e dobras cutâneas (DC, mm) do bíceps, tríceps, subescapular, axilar oblíqua, supra-ilíaca oblíqua, abdominal vertical, panturrilha medial. A inter-relação entre as DC e o IMC foi quantificada através da correlação de Pearson. A regressão múltipla Stepwise foi usada para determinar a independência e contribuição coletiva das dobras cutâneas na predição do IMC, sendo p<0,05. Para os meninos, a DC abdominal (modelo 1) foi um forte preditor do IMC, explicando 72,3% da variância, ao passo que a adição da DC subescapular (modelo 2) pouco alterou a variância, passando para 73,7%. Para as meninas, os resultados indicaram que a DC supra-ilíaca foi responsável por 82% da variância no IMC (modelo1), e a adição da DC do tríceps (modelo 2) aumentou a proporção da variância na relação para 85%, sendo que quando incorporada a DC subescapular (modelo 3), a variância aumentou coletivamente para 86%. Os achados do presente estudo apontam para uma relação estreita entre o IMC e as DC abdominal (para meninos) e supra-ilíaca (para meninas), demonstrando que, para nossa amostra, as dobras cutâneas que representam uma distribuição de gordura central foram as melhores preditoras de variações no IMC.