Preditores de Aptidão Cardiorrespiratória Insuficiente em Bombeiros Militares do Distrito Federal
Por Nayara Lima do Nascimento (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A atividade rotineira de bombeiros impõe elevado grau de estresse físico e/ou psicológico. Para o bom desempenho profissional e proteção à própria saúde, bombeiros devem ter elevada aptidão cardiorrespiratória (ACR). A National Fire Protection Association (NFPA) dos Estados Unidos recomenda uma ACR mínima equivalente a 12 METs. Objetivo: Avaliar os preditores da adequada ACR entre bombeiros do genêro masculino de Brasília - DF. Metódos: Estudo transversal com amostra por conveniência entre militares do Corpo de Bombeiros Militar de Brasília - DF. Participaram 719 voluntários do genêro masculino com mediana (extremos) de idade de 40 (24 - 49) anos e IMC de 26 (19,4 – 40,3) kg/m2. Foram aplicados questionários sócio-demográficos, o IPAQ (versão curta) e o Quetionário de Auto Relato de Atividade Física para estimar a ACR (Jackson et al, 1990), durante a realização dos testes de aptidão física (TAF) no ano de 2017. O IMC foi calculado com base nas medidas relatadas de peso e altura. Para análise de associação da ACR categorizada em insuficiente ou adequada (<12 METs vs ≥12 METs) com as variáveis em análise, utilizou-se o teste qui-quadrado. Foi analisada a força de associação pela odds-ratio (OR) em análise bivariada (bruta) com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Sequencialmente, procedeu-se análise multivariada por meio de regressão logística para cálculo da odds-ratio ajustada. Resultados: Na análise bivariada houve associação da ACR insuficiente com o estado civil, tabagismo, obesidade, NATF, tipo de atividade (administrativa ou operacional), idade e tempo de casa (X2; p≤0,02). Não houve associação com renda, tempo sentado, posição na carreira (patente) (X2; p≥0,13). A análise ajustada está expressa na Tabela 1. Conclusão: A chance dos bombeiros terem ACR menor que o mínimo recomendado para a saúde e o bom desempenho profissional foi significativamente maior entre os obesos, os insuficientemente ativos, aqueles ≥ 40 anos e aqueles com tempo na função ≥ 17 anos. Os achados reforçam a necessidade da incorporação de estratégias para a promoção da atividade física e de adequada composição corporal nesses profissionais.
